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Altos - Piauí

Promotor investiga colégio Educandário São José em Altos

A portaria foi assinada pelo promotor de Justiça, Paulo Rubens Parente Rebouças no dia 19 de janeiro.

O promotor de Justiça, Paulo Rubens Parente Rebouças, instaurou procedimento preparatório, no dia 19 de janeiro deste ano, para investigar denúncia contra o colégio Educandário São José, localizado na cidade de Altos.

Segundo Maria Celis Lima Soares de Sousa Neta, estudante do terceiro ano do ensino médio, a mesma ficou de recuperação em quatro disciplinas, História, Física, Química e Biologia, o que implicava na sua automática reprovação. No entanto ela relatou que recebeu orientação do Coordenador da escola para procurar o professor de História para ver se ele poderia lhe passar um trabalho e "liberar a declarante".

A denunciante informou que manteve contato com o professor de História e o mesmo teria dito que não poderia ajudar nenhum aluno de graça, pois pelas normas da escola ela já estava reprovada, tendo supostamente cobrado R$ 60,00 para "ajeitar" sua nota por fora da escola, de forma que a estudante fosse aprovada em História e pudesse fazer recuperação, sendo que o Professor falou que cobraria esse valor como se fosse uma aula particular e prova, mas, segundo a denunciante, não seria necessário fazer nem a prova nem assistir aula, bastava pagar o valor que ele ajeitava a nota.

Maria relatou ainda que depois de desentendimentos com o professor de História em razão da não aceitação da proposta e por ter comunicado o fato à Diretoria Escolar, teria restado ao professor de Física a tarefa de "ajeitar" sua nota, de maneira que a mesma, após a intervenção do professor de Física, teria ficado de recuperação em apenas 03 (três) disciplinas, permitindo que fizesse a recuperação.

De acordo com a estudante, ela ficou reprovada em História com nota zero e que os demais alunos que fizeram recuperação também não passaram, com exceção de alguns casos, entre os quais o de um aluno que teria recebido antecipadamente a prova pelo Whatsapp após pagar a quantia de R$ 50,00 e outros três alunos que teriam dado um "brownie" para o professor para "ajeitar" os mesmos.

Por fim, Maria afirmou que o Coordenador da escola se comprometeu a lhe dar uma bolsa para que ela estudasse no próximo ano caso desistisse do Boletim de Ocorrência que tinha feito em relação ao fato.

O promotor determinou envio de notificação à Direção da Escola solicitando quais as medidas tomadas frente ao caso, tanto em relação aos alunos aprovados, quanto aos alunos não aprovados na recuperação e quais as medidas aplicadas em relação ao professor envolvido, bem como que seja requisitado o envio de cópia das provas de história de todos os alunos que se submeteram a recuperação em História, cópia dos boletins escolares de todos os alunos que se submeteram a recuperação em História, cópia da ATA da reunião do Conselho Escolar que resolveu rever as notas de parte dos alunos que foram reprovados na recuperação de História.

Outro lado

Procurada pelo GP1, na sexta-feira (27) e na segunda-feira (30), a direção da escola não foi localizada para comentar a denúncia.

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