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PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba

O grupo da Lava Jato em Curitiba vinha sofrendo com reduções drásticas no orçamento e em seu efetivo.

O núcleo de trabalho específico da Polícia Federal (PF) voltado para a Operação Lava Jato em Curitiba foi encerrado. A direção-geral da PF informou em nota que os investigadores passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).

A mesma medida será aplicada ao grupo que tratava da Operação Carne Fraca. Segundo a PF, a mudança no grupo de trabalho segue o modelo adotado nas demais superintendências espalhadas pelo país.

A integração levou em conta o fato de que cada delegado da Lava Jato conduzia cerca de vinte inquéritos, segundo a direção-geral da PF. Ainda segundo a PF, a decisão de acabar com o núcleo de Curitiba visa priorizar as investigações de maior potencial de danos ao erário, e que a medida permitirá o “aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações”.

O grupo da Lava Jato em Curitiba vinha sofrendo com reduções drásticas no orçamento e em seu efetivo.

  • Foto: UolPolícia FederalPolícia Federal

A Operação Lava Jato é considerada a maior operação contra a corrupção da história brasileira e até dezembro de 2016 contava com nove delegados dedicados exclusivamente à condução das suas investigações. Atualmente, apenas quatro profissionais conduzem os 180 inquéritos contra políticos, empresários e ex-diretores da Petrobras.

Confira o posicionamento da PF sobre o fim do núcleo da Lava Jato em Curitiba:

1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;

4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;

5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;

6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;

8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;

10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.

Divisão de Comunicação Social.

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