Fechar
GP1

Brasil

Relator do projeto do Orçamento de 2022 descarta reajuste salarial

Apesar das promessas de Bolsonaro, o deputado Hugo Leal afirma que não há espaço para aumentar salários.

O relator do projeto do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), defende um corte linear de 6% para as despesas não obrigatórias (que incluem investimentos e custeio da máquina pública) dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Normalmente, a tesourada nesses gastos fica restrita à verba dos ministérios e autarquias.

Mesmo com a promessa renovada esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro de reajuste salarial a todos os servidores – “que seja de 1%” –, o relator disse que é muito difícil encontrar espaço no Orçamento, mesmo depois da aprovação da PEC dos Precatórios, que abriu espaço de R$ 106 bilhões para mais gastos.

Foto: Divulgação/Agência CâmaraHugo Leal disse não ter espaço para reajuste de servidores no Orçamento de 2022
Hugo Leal disse não ter espaço para reajuste de servidores no Orçamento de 2022

A razão maior é que o reajuste tem impacto permanente. “Esse espaço é para 2022 e temos de preparar o País para 2023, 2024, 2025... Pode ser merecido e importante para eles, tenho pessoas da minha família que são também servidores federais”, disse ao Estadão.

Depois da PEC, a batalha que será travada agora no Congresso é para a aprovação, ainda em dezembro, do projeto de Orçamento de 2022, último do atual mandato de Bolsonaro e de ano de eleições.

Leal justifica o corte para o Judiciário pelo volume de recursos direcionado aos tribunais. Ele citou o gasto de R$ 10 bilhões por ano do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de R$ 21 bilhões da Justiça do Trabalho.

“A média de despesa do TSE é nessa faixa de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões. Quanto custa a Justiça do Trabalho? Chama a atenção porque são R$ 21 bilhões. Repito, o Legislativo todo custa na faixa de R$ 10 bilhões. Eu sei a capilaridade que tem uma Justiça do Trabalho, mas Justiça federal também tem e custa R$ 12 bilhões”, disse.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.