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Ministro que diverge de Alexandre de Moraes assume ações contra Bolsonaro

O ministro Raul Araújo assumirá a relatoria de oito ações de investigação contra o ex-presidente.

Com o fim do mandato do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, seu sucessor, o ministro Raul Araújo, assumirá a relatoria de oito ações de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conhecido pelo pensamento e posicionamento oposto ao do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, Raul Araújo também assumirá três ações que podem cassar o mandato e tornar inelegível o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante julgamento das ações que acarretaram na inelegibilidade de Bolsonaro, apenas Raúl Araújo e o ministro Kassio Nunes seguiram em sentido oposto ao do grupo do presidente do TSE, que votavam majoritariamente para punir o ex-presidente.

Foto: Divulgação/TSEMinistro Raul Araújo
Ministro Raul Araújo

Mesmo com poucas chances de reverter a condenação de Bolsonaro, o novo corregedor irá ditar o ritmo dessas ações, conduzindo a produção de provas e classificando aquilo que deve ser levado em conta durante o processo. Em contrapartida, durante o exercício na corregedoria do TSE, Benedito Gonçalves dificultou bastante a situação do ex-presidente ao acelerar as ações que resultaram na ilegibilidade.

Na última condenação, referente aos comícios de 7 de setembro, Bolsonaro ainda tem chance de apresentar recurso ao TSE para reverter a inelegibilidade. Nesse cenário, cabe ao ministro Raul Araújo definir a data para julgamento no plenário, e conforme análise dos apoiadores do ex-presidente, quanto mais tempo para a defesa contestar acusações e rebater os atos do relator, melhor.

Para os aliados do ex-presidente, a data mais propícia para análise do recurso seria em junho de 2024, quando Alexandre de Moraes deixa a presidência do TSE, deixando o comando da Corte para seus indicados, Kassio Nunes Marques como presidente e André Mendonça no posto de vice. Ou seja, somando os votos do corregedor e dos outros dois ministros, restaria apenas um voto para derrubar a condenação.

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