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PF investiga servidor do MPF por lavar dinheiro para o tráfico

O MPF, por meio de nota, disse que as investigações são conduzidas pelo Gaeco do MPF na Bahia.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, em 5 de dezembro, uma operação contra o tráfico internacional de armas que tinha como alvo um servidor do Ministério Público Federal (MPF). Analista processual, Wagner Miranda é apontado como suposto integrante do “núcleo financeiro" da quadrilha desbaratada na Operação Dakovo. O Portal da Transparência apontou que o salário líquido de Wagner, em outubro, foi de R$ 16.057,24.

Segundo a Polícia Federal, o servidor público utilizava empresas em seu nome para dar um ar de legalidade ao dinheiro recebido da venda ilegal de armas.

A Justiça Federal da Bahia determinou ainda que a Polícia Federal vasculhasse a casa de Wagner no bojo da fase ostensiva da Operação, aberta na terça-feira, 5. Também foi decretado o afastamento cautelar de Wagner da PGR por 30 dias, com a suspensão de acesso a sistemas internos ou externos que ele tenha em razão do cargo que ocupa.

Ele passou a ser investigado após a PF encontrar seu nome em meio à análise de dados de Angel Antonio Flecha Barrios, responsável por repassar armas ilegais importadas da Europa para as duas maiores facções brasileiras, PCC e Comando Vermelho.

O MPF, por meio de nota, disse que as investigações são conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF na Bahia e seguem sob sigilo. O órgão acrescentou que nenhuma denúncia criminal no caso foi apresentada, mas que todas as medidas cabíveis foram tomadas, tanto na esfera criminal quanto na administrativa.

Operação da Polícia Federal: A PF deflagrou, em 5 de dezembro, uma operação contra um grupo suspeito de entregar mais de 43 mil armas a chefes do PCC e do CV. De acordo com as investigações, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão.

A Operação Dakovo cumpriu 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão no Brasil, Estados Unidos e Paraguai.

A PF prendeu cinco pessoas envolvidas no caso no Brasil e outras 14 no Paraguai.

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