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Começou a festa da democracia municipal de 2020


  • Foto: DivulgaçãoJúlio César CardosoJúlio César Cardoso

O país já deu início à corrida de candidatos postulantes aos cargos de vereadores e prefeitos municipais, cujas eleições ocorrerão em novembro de 2020.

A festa da democracia, por exemplo, em Porto Alegre, contará com 13 candidatos ao Paço Municipal - uma extravagância - e representa o maior número de pretendentes desde a redemocratização.

Poderia comentar a candidatura em outras cidades brasileiras, mas elegi a capital gaúcha apenas por simbolizar os mesmos problemas verificados nos demais municípios e não solucionados por várias administrações.

Parece até que o expressivo número de postulantes ao Paço Municipal porto-alegrense representa o real interesse pelo fortalecimento da administração municipal local, visando a uma Porto Alegre saudável e progressista, mas que os candidatos não passam de abutres vorazes pelas benesses púbicas, pois depois de eleitos pouco ou nada fazem pela cidade.

E a prova é o atual estado precário e decrépito da Capital: envelhecida, suja, esburacada, mal cuidada, mendigos por toda a cidade, lixos pelas calçadas, Centro Histórico e Cidade Baixa em decadência etc.

Faltam administradores públicos de formação para administrar as cidades brasileiras e não essa trupe de oportunistas que se apresenta para tirar proveito da coisa pública. Muitos candidatos são políticos em curso de mandatos e não têm nenhum escrúpulo de interromper as suas obrigações para as quais foram eleitos.

Outros políticos nem bem esquentam o banco no Legislativo e já se lançam para dirigir o Município, e o resultado já é bastante conhecido: péssima administração com reflexo negativo na prestação de serviços públicos.

Há os velhos políticos, como o ex-prefeito José Fortunatti (PTB), que perderam a noção do tempo e continuam teimando em voltar a administrar a Capital. Ora, se não fizeram uma boa administração em seus mandatos anteriores, não será agora que se sairão melhor.

A Constituição Federal deveria ser revisada para impedir a reeleição de todos em qualquer momento. Política não é profissão. Mandato é transitoriedade com prazo certo. A oxigenação constante na vida pública é salutar. A mesmice de candidatos representa a estagnação da renovação democrática. Ninguém é insubstituível.

Já passa da hora de ser implantado o voto facultativo, o voto de qualidade, pois o voto obrigatório tem sido a causa da eleição e reeleição de políticos inescrupulosos, incompetentes, bem como servido de cabide de emprego.

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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