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Economia e Negócios

Ministro Paulo Guedes critica previsão para o PIB em 2023

Na visão do ministro da Economia, as estimativas têm falhado por “militância, narrativa política”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou as novas projeções do FMI, que colocam o desempenho do PIB brasileiro abaixo da média global e de pares emergentes neste ano, além de menor crescimento em 2023.

O organismo espera que o País cresça 2,8% em 2022, conforme o relatório publicado ontem. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%. Mas o novo número ficou abaixo do de outros emergentes. Para 2023, o Fundo cortou sua previsão e espera alta de 1,0% da economia brasileira, ante 1,1% antes.

Na visão do ministro, as estimativas têm falhado por “militância, narrativa política” e por não conseguirem capturar a mudança no modelo de negócios no País com foco em investimentos privados. “Eles previam que a nossa queda ia ser de 10%, nós caímos 3%. Eles previam que o Brasil não ia voltar em ‘V’ e o Brasil voltou em ‘V’. Aí previram que no ano seguinte (o País) não cresceria, e a gente cresceu de novo... estão revendo para cima”, criticou.

Resto do mundo

O Fundo também piorou suas projeções para a economia mundial em 2023 e passou a prever recessão na Alemanha e na Itália, além da Rússia. O organismo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) global cresça 2,7% no próximo ano, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira, 11, em paralelo às suas reuniões anuais, que acontecem em Washington. A estimativa anterior era de avanço de 2,9%. Para 2022, o Fundo manteve a expectativa de expansão de 3,2%.

Economia geral em crise

O diretor do Departamento de Pesquisas do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que a economia global caminha para “águas turbulentas”. Durante entrevista pelo lançamento do relatório Perspectiva Econômica Mundial, ele ressaltou riscos para a Europa, alertando que o choque no setor de energia no continente “não é algo transitório”, no contexto da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia. Gourinchas disse que o inverno europeu de 2022 “deve ser desafiador”, mas acrescentou que o inverno de 2023 “pode ser pior”.

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