O Brasil deve crescer 3,2% em 2023, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que divulgou nesta terça-feira (19) um relatório com as novas projeções mundiais. O país teve um dos maiores aumentos na estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que antes era de 1,7%. A economia global também deve avançar 3% neste ano, com destaque para a Índia e a China.
A OCDE atribuiu as "surpresas de crescimento" principalmente aos resultados agrícolas favoráveis relacionados com o clima, que ajudaram o Brasil, a Índia e a África do Sul. Por outro lado, a China perdeu dinamismo e deve crescer 5,1% em 2023, abaixo dos 6,3% previstos para a Índia, que lidera o ranking de crescimento entre os países da organização.
No entanto, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico alertou para uma perda de ritmo da economia mundial no segundo semestre de 2023, em meio às incertezas políticas e geopolíticas. A entidade também apontou uma redução na inflação global, o que pode ajudar a estabilizar ou melhorar o rendimento real das famílias. O consumo ainda está aquém do esperado devido às perdas salariais dos últimos dois anos.
Para 2024, a OCDE estima um crescimento de 1,7% no PIB do Brasil, abaixo da média mundial de 2,7%. A organização ressaltou a necessidade de reformas estruturais e fiscais no país para garantir uma recuperação sustentável e inclusiva. A Argentina deve continuar em recessão, com uma queda de 2% no PIB em 2023 e uma leve recuperação de 0,5% em 2024.
O relatório da organização foi divulgado às vésperas da reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, que acontece entre os dias 20 e 22 de setembro em Washington, nos Estados Unidos. Os dois organismos também devem atualizar suas projeções econômicas para o Brasil e o mundo.
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