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Economia e Negócios

Endividamento atingiu 77% das famílias em agosto, diz CNC

Queda se deve à redução da inflação e ao aumento do emprego formal. A inadimplência atingiu 12,7%.

O endividamento das famílias brasileiras caiu para 77,4% em agosto de 2023, o menor nível em mais de um ano, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A queda se deve à redução da inflação e ao aumento do emprego formal. Por outro lado, a inadimplência atingiu 12,7%, o maior patamar em 13 anos.

A CNC realiza mensalmente a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), que mede o percentual de famílias que possuem dívidas em aberto com alguma instituição ou com alguém. O endividamento em agosto foi 0,7 ponto percentual menor que os 78,1% registrados em julho. No acumulado do ano, o endividamento caiu 1,6 ponto percentual. As informações foram divulgadas na terça-feira (5).

A pesquisa também mostra o percentual de famílias que não conseguiram pagar suas dívidas no tempo limite estabelecido pelo cobrador, ou seja, os inadimplentes. Esse indicador aumentou em agosto, chegando a 12,7%, o maior nível desde setembro de 2010. A CNC atribui esse resultado às altas taxas de juros, que dificultam o pagamento das contas. A Selic está em 13,25% ao ano, mas a cobrança para modalidades de empréstimos a pessoas físicas é bem maior.

Entre os que se consideram muito endividados, a proporção atingiu 17,5%, o menor patamar desde abril de 2022. Isso significa que há menos famílias com dívidas que comprometem mais da metade da sua renda mensal. A CNC avalia que isso é um sinal de melhora nas condições financeiras dos brasileiros.

A expectativa é que o endividamento caia para 77% das famílias em setembro de 2023. No fim do ano, é esperado que cresça e feche em 78%. A CNC explica que esse comportamento sazonal se deve ao aumento das compras no final do ano, especialmente no Natal.

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