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Rio de Janeiro se prepara para a retomada das grandes maratonas

O primeiro treinão oficial para a Maratona do Rio de Janeiro foi realizado na Praça Mauá.

Confirmada para 15 de novembro de 2021, a Maratona do Rio de Janeiro realizou na manhã do domingo, 24 de outubro, o treinão Bota Pra Correr, patrocinado pela Olympikus. O evento foi restrito a cem corredores, que foram submetidos a teste PCR na véspera e tiveram que apresentar o comprovante de vacinação contra covid-19 para entrar na arena, que foi montada no Museu de Ar (MAR), na praça Mauá, no centro da capital fluminense.

Adiada desde o ano passado por conta da pandemia, a Maratona do Rio será o primeiro grande evento de corrida de rua a retornar ao calendário nacional. Tradicionalmente realizada no feriado de Corpus Christi com mais de 30 mil pessoas, de todas as partes do Brasil e do mundo, o evento engloba uma grande expo, com dezenas de atividades e expositores, e é realizada em dois dias. No sábado os 21km, e no domingo a maratona (42km) mais 10km, 5km e 63km (desafio Cidade Maravilhosa – 21 da véspera mais a maratona). Desta vez será no domingo e na segunda-feira (feriado).

Devem comparecer cerca de 20 mil pessoas, 10 mil a menos que nas edições anteriores. Pedro Pereira, gerente de produto da Dream Factory, observou que esse número reflete o atual cenário, ainda meio incerto, e também a falta de preparo dos corredores para enfrentar os 42km. “São quase dois anos de preparação para esse grande evento e preparamos protocolo de segurança sanitário super robusto para a prova. Escolhemos essa data para ter boa parte da população imunizada com as duas doses da vacina, uma decisão em conjunto com a Prefeitura, e é preciso um cuidado a mais com os corredores por conta do calor, e por isso as largadas foram antecipadas e haverá mais postos de hidratação no percurso, com uma estrutura maior para atender os atletas. E a grande novidade deste ano é a nova arena de chegada dentro da Marina da Glória”, explicou Pedro. Já João Traven, CEO da Spiridon Eventos (empresa organizadora da Maratona do Rio), destacou que o treinão marcava o início dos encontros para a Maratona do Rio. “E isso não seria possível se não fosse a parceria que temos a dez anos com a Olympikus”, enfatizou o CEO.

Corra apreciando o caminho

No treinão, os participantes puderam testar o modelo Corre 1 Eco, com palmilha feita com EVA verde, produzido a partir da cana-de-açúcar. Foram 5km com percurso por vários pontos turísticos, que foi desenvolvido por Carolina Belo, ultramaratonista e guia turística da capital fluminense. Ela explicou que a ideia é correr apreciando o caminho, porque na maioria das vezes as pessoas correm mais não observam as coisas ao redor. O MAR, por exemplo, local da arena de concentração do evento, está instalado em duas construções diferenciadas: Palacete Dom João VI (inaugurado em 1916) e o prédio da entrada do MAR, uma edificação modernista de 1940. “Estas duas estruturas são unidas no teto por uma grande estrutura em formato de onda para dar a ideia justamente do mar”, explicou. O local é na Praça Mauá, um local de grande importância histórica para o Rio de Janeiro, inaugurada em 1910 em homenagem ao Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza), um grande industrial, local que marca o início da Avenida Rio Branco (advogado e diplomata) e do Porto do Rio de Janeiro. Vizinho, o Edifício A Noite, que tem esse nome por conta do jornal que abrigava, inaugurado em 1929, foi considerado à época, o maior edifício da América Latina, com seus 102 metros de altura. Ou ponto de destaque foi o Museu de Arte Urbana do Porto, com um mural enorme de grafites, um dele é “Etnias”, de Eduardo Kobra, considerado o maior grafite do mundo. E o Museu do Amanhã, do artista catalão Santiago Calatrava, e a Igreja da Candelária, que começou como uma capela em 1609. “Um casal enfrentou uma tempestade muito forte no mar, e fizeram uma promessa à Nossa Senhora, se sobrevivessem ergueriam uma capela à Nossa Senhora da Candelária, e assim foi feito. Em 1775, foi decidido derrubar a capela e erguer a catedral. A obra demorou 123 anos”, explicou Carolina.

A gerente de Marketing da Olympikus, Kátia Buriol, reforçou o propósito da marca em utilizar 100% de energia limpa a partir de 2022, e que todos os produtos serão produzidos com a energia da Parque Eólico Rio dos Ventos, localizado no Rio Grande do Norte. “Esse é um dos pilares de sustentabilidade da Vulcabras, o grupo do qual a Olympikus pertence”, disse Kátia, que também correu no treinão. Ela explicou que o objetivo do Bota Pra Correr, circuito de corridas da marca, é explorar o Brasil através da corrida. Em 2019 foram realizadas corridas no Jalapão, Alter do Chão e Pantanal, dois treinões este ano (Parque Eólico Rio dos Ventos e Maratona do Rio), e em 2022 devem voltar com tudo. Algumas das minhas fontes dizem que vai ser nas chapadas.

E uma novidade: quem cruzar a linha de chegada da Maratona do Rio calçando Olympikus vai receber um número para participar de um sorteio que vai presentear uma inscrição com tudo pago para uma das corridas do Bota Pra Correr 2022. “Essa é uma ação para incentivar as pessoas a correrem”, observou Kátia. E alinhado com o propósito da marca, cada um dos participantes do treinão recebeu no kit um copo retrátil de silicone para tomar água gelada no percurso. Foram dois postos de hidratação, com três staffs com jarras de água gelada. Um dos pontos sempre positivo desse evento.

Ademir Paulino, atleta e treinador, comandou o treinão. Ele realizou um aquecimento breve, mais bem diferente e animado, com cinco educativos, o último de coordenação motora. Dada a largada, acompanhei uma amiga que está começando a correr. Sugeri andarmos 100m e corrermos 200m, nesse rodízio até o fim. Deu super certo. O percurso era bem sinalizado com cones e havia uma pessoa do staff a cada 200m com uma bandeira vermelha. E como todo mundo foi testado, durante o treinão não foi preciso o uso de máscara.

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