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Dorival Júnior comenta estilo de jogo e dependência de Neymar na Seleção

Técnico foi apresentado nesta quinta-feira (11) e concedeu sua primeira coletiva à frente da Seleção.

A era Dorival Júnior começou na Seleção Brasileira e, além da expectativa das primeiras convocações que o novo técnico da Canarinho fará, também há questionamentos sobre como está a relação entre o comandante e Neymar, que já se desentenderam no período de ambos no Santos. O treinador respondeu sobre o camisa 10 e a chamada “Neymardependência”.

“Brasil tem que aprender a jogar sem o Neymar. Porque agora ele tem uma lesão. Mas nós temos um dos três maiores jogadores do mundo, e depois vamos contar com ele”, ratificou Dorival. Não tenho problema nenhum com o Ney. A proporção que aquela situação tomou foi desproporcional. Após aquela partida nós já estávamos conversando. A diretoria do Santos tomou uma decisão e eu respeitei. Mas sempre que nos encontramos foi uma situação positiva. O futebol é muito dinâmico. O céu e o inferno estão a um palmo de distância”, completou Dorival.

Foto: Divulgação/CBFDorival Júnior assume o comando da Seleção Brasileira
Dorival Júnior assume o comando da Seleção Brasileira

O treinador também foi questionado sobre a possibilidade de convocar jogadores que ainda atuam no Brasil. Dorival Júnior ressaltou a qualidade do Campeonato Brasileiro e não deixou dúvidas de quê trará atletas que estão aqui.

“Às vezes temos uma referência lá fora, que passa a ser muito melhor que o Campeonato Brasileiro, mas temos que repensar isso. Às vezes o nosso campeonato é muito mais difícil do que muitos lá fora. Se preparem, vou contar com muitos jogadores que estejam aqui dentro. Não tenho dúvidas, desde que tenham merecimento para uma convocação. Vou tentar fazer o máximo para que não erre, quer esteja na Inglaterra, Itália, Portugal e aqui dentro. Ele têm que saber que disputam um dos campeonatos mais difíceis e disputados do mundo”, disse Dorival Júnior.

O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo em setembro, diante do Equador, em casa e logo em seguida, visita o Paraguai. O Brasil é o sexto colocado, com sete pontos, oito a menos que a líder Argentina. Antes, entre junho e julho, o Brasil disputará a Copa América, que acontece nos Estados Unidos e Dorival falou sobre a perspectiva e convocação de atletas no meio do Brasileirão.

“Sofri bastante com tudo isso, mas nunca tirei a possibilidade de um profissional estar à frente do seu maior sonho. Em 2016, o Santos disputando a ponta do Campeonato Brasileiro. De repente, nas Olimpíadas perdemos o Gabigol, Zeca e Thiago Maia. Na sequência, Copa América, mais três jogadores do Santos convocados. Foi um problema muito sério, e o Santos ainda conseguiu um vice-campeonato daquela competição. Sei o quanto pesa a saída desses jogadores, mas o quanto são importantes na Seleção. Temos que ter equilíbrio entre necessidade e a vontade do seu clube, Mas não é fácil. Já vivi o outro lado e agora vou ter que pensar dessa forma e me colocar na situação do outro treinador, do lado oposto. Não são situações fáceis”, disse o técnico.

Confira outras respostas de Dorival

Saída do São Paulo

“Eu tinha meu contrato no São Paulo, todo os jogadores contratados foram com a concordância da diretoria. Nós montamos o São Paulo para que o treinador que chegar faça o que bem entender. São jogadores versáteis para termos elenco enxuto em condição de poder abastecer toda e qualquer situação.

Estilo de jogo

“Em todas as equipes, eu me adaptei à equipe. Nunca chego com sistema pré-estabelecido. Prefiro identificar o que tenho à mão e depois empregar um sistema. Números para mim são relativos: 3-5-2, 4-3-3, para mim isso é balela. Quero defender com maior número possível e defender com o maior número possível de jogadores. Muito difícil falar agora entre os sistemas do Fernando, do Ancelotti, até porque eles estão em clubes. E dentro de uma seleção é um pouquinho diferente. Esse encaixe é fundamental, para que na prática as coisas deem encaixe”.

Instabilidade política na CBF

“O contato com o presidente Ednaldo foi no final de semana. Um prazer e uma satisfação poder chegar neste momento da minha carreira à frente da seleção. Sobre instabilidade política é um assunto que eu não entro. Tenho a confiança do presidente para fazer meu trabalho daqui para frente, preparar a equipe, ganhar jogos e chegar numa Copa do Mundo que será muito disputada. Vou trabalhar neste sentido, me preparei muito para estar aqui. Tenho uma convicção muito grande que a seleção brasileira vai alcançar seus objetivos”.

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