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Oposição pressiona Liz Truss a desistir de aposentadoria como ex-premiê

Subsídio é ofertado a todos os ex-premiês, mas líderes afirmam que Truss passou poucos dias no cargo.

A oposição britânica solicitou à ex-primeira-ministra Liz Truss que rejeite a aposentadoria de até £ 115 mil por ano (equivalente a R$ 669 mil), que os premiês do Reino Unido têm direito, pelo tempo curto que passou no cargo. A britânica renunciou nessa quinta-feira, 20, 44 dias depois de assumir, devido à rejeição dos mercados por seu plano econômico de cortar impostos e aumentar os gastos públicos.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, afirmou à BBC que Truss “não tinha ganho o direito” ao benefício, chamado Subsídio de Custos do Direito Público (PDCA, na sigla em inglês) e destinado a cobrir despesas públicas dos políticos. “Ela não deve ter esse direito. Depois de 44 dias ela não ganhou o direito a esse direito, ela deve recusar”, declarou.

O líder liberal democrata, Ed Davey, concordou com o trabalhista e disse que Truss não deveria reivindicar o dinheiro. Ele comparou o subsídio a uma “pensão estatal completa”, dizendo à rádio britânica LBC que “muitas, muitas vezes” era o que os trabalhadores poderiam esperar na aposentadoria.

De acordo com a BBC, sindicatos e militantes do país também pedem o mesmo e pressionam a conservadora a renunciar o direito.

O que é o subsídio

Criado em 1991 pelo ex-primeiro-ministro John Major após a renúncia de Margaret Thatcher, o PDCA teve o objetivo de ajudar ex-premiês ainda ativos na vida pública com pagamentos destinados a cobrir o custo real dos deveres públicos. É o caso de despesas com escritório, funcionários e assessores “decorrentes de seu cargo especial na vida pública” ou viagens nas quais atuem como ex-premiês.

Todos os ex-primeiros-ministros podem recorrer ao subsídio. Após deixar o cargo, solicitaram John Major, Tony Blair, Gordon Brown, David Cameron e Theresa May. Segundo a BBC, ainda não se sabe se Boris Johnson o reivindicou porque os números mais recentes não foram publicados.

O limite atual do que eles são capazes de sacar por ano é fixado em £ 115.000 e está congelado desde 2011. Esse valor, no entanto, não é pago automaticamente. É preciso que os políticos forneçam recibos das despesas públicas.

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