Thais Guimarães
O Congresso do Peru aprovou na tarde desta quarta-feira (7) o impeachment do presidente Pedro Castillo, por “incapacidade moral”. Foram 101 votos a favor, 6 contras e 10 abstenções. Mais cedo, Castillo havia anunciado que iria dissolver o Congresso Nacional e instituir um “governo de emergência nacional”.
O presidente do Congresso, José Williams, explicou que a vice-presidente do Peru, Dina Boluarte, assume o cargo ainda hoje, que deve comparecer ao parlamento para fazer seu juramento.
Nas redes sociais, Dina Boluarte repudiou Pedro Castillo e o acusou de querer cometer um golpe de estado com a dissolução do Congresso. "Repudio a decisão de Pedro Castillo de praticar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei", afirmou a vice-presidente do Peru.
Rechazo la decisión de Pedro Castillo de perpetrar el quiebre del orden constitucional con el cierre del Congreso. Se trata de un golpe de Estado que agrava la crisis política e institucional que la sociedad peruana tendrá que superar con estricto apego a la ley.
— Dina Boluarte Z. (@DinaErcilia) December 7, 2022
Essa foi a terceira tentativa de impeachment de Castillo no Congresso. Mesmo dispondo de apenas 80 congressistas a oposição conseguiu ultrapassar o mínimo de votos para aprovar o afastamento.
Dissolução do Congresso
Antes da aprovação do impeachment, Pedro Castillo havia feito um pronunciamento em TV aberta, dissolvendo o Congresso e instituindo Governo de Exceção, com medidas como toque de recolher no país.
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