Davi Fernandes
A tenista Peng Shuai reuniu-se no último sábado (5) com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Pequim. A atleta tinha desaparecido da vida pública depois de fazer acusações de abuso sexual contra o ex-vice-premiê Zhang Gaoli, importante político do Partido Comunista Chinês (PCC).
A atleta disse que nunca desapareceu e negou ter sido assediada por Gaoli. A denúncia foi feita na rede social Weibo, mas a publicação logo foi excluída com a repercussão. Depois da acusação de abuso sexual, Shuai ficou desaparecida por alguns dias, o que despertou preocupação internacional.
“Nunca desapareci, todo mundo podia me ver. O que realmente aconteceu? Já respondi a essa pergunta, durante uma entrevista em Xangai, e também enviei um e-mail para a Women’s Tennis Association [WTA]. A publicação que fiz deu origem a um grande mal-entendido no exterior. Nunca disse que alguém me agrediu sexualmente”, disse a chinesa.
A conversa da tenista chinesa com os jornalistas franceses aconteceu em um hotel localizado dentro da bolha olímpica de Pequim. Foi a primeira entrevista de Shuai a um veículo de comunicação ocidental, desde novembro do ano passado, quando as denúncias de assédio foram tornadas públicas.
“Pudemos conversar de forma agradável, falamos dos nossos pontos de vista. Bach perguntou se estou pensando em competir novamente, quais são meus planos, o que pretendo fazer”, disse Shuai, em entrevista publicada nesta segunda-feira (7) pelo jornal francês L’Equipe.
Shuai ressaltou ainda que apagou a denúncia da rede social chinesa porque quis. O mal-entendido, segundo a atleta, ocorreu em virtude de um mau funcionamento de seu computador.
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