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Rússia faz alerta aos Estados Unidos contra envio de mais armas à Ucrânia

Envio de armas pelos EUA e seus aliados inflama conflito na Ucrânia e levará a mais perdas.

A Rússia fez um alerta aos Estados Unidos nesta segunda-feira, 25, para parar de fornecer armas para a Ucrânia. Segundo o embaixador de Moscou em Washington, o grande envio de armas pelo Ocidente inflama o conflito e a continuidade levaria a mais perdas na guerra.

Apesar dos Estados Unidos descartar o envio de suas próprias forças militares ou da Otan para a Ucrânia, Washington e seus aliados europeus fornecem armas à Kiev desde o início da guerra, no dia 24 de fevereiro. Neste domingo, os EUA anunciaram um novo pacote de ajuda militar, elevando o total desde o início da guerra a US$ 3,7 bilhões.

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que tais entregas de armas visam enfraquecer a Rússia, mas aumentam o conflito na Ucrânia e minam os esforços para se chegar a algum tipo de acordo de paz. “O que os americanos estão fazendo é jogar gasolina no fogo”, disse Antonov ao canal de TV Rossiya 24.

“Vejo apenas uma tentativa de aumentar as apostas, de agravar a situação, de ver mais perdas”, acrescentou.

Segundo Antonov, o alerta foi enviado à Washington por uma nota diplomática, mas nenhuma resposta foi dada até o momento. “Enfatizamos que é inaceitável que os EUA despejem armas na Ucrânia e exigimos o fim dessa prática”, disse à TV Rossiya 24.

Neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, visitaram Kiev e, em seguida, anunciaram o envio novo pacote de ajuda militar. Eles garantiram ao presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, mais de US$ 322 milhões em novos financiamentos militares para a Ucrânia.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia anunciado na última quinta-feira mais US$ 800 milhões em armamentos para a Ucrânia. Entre o material enviado, estão drones, artilharia pesada Howitzer, defesa antiaérea Stinger e mísseis antitanque Javelin.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, existe o temor de que o conflito escale e leve a um confronto mais amplo entre a Rússia e os Estados Unidos, as duas maiores potências nucleares do mundo. Autoridades já alertaram que isso significaria uma Terceira Guerra Mundial. O conflito atual já deixou milhares de mortos e deslocou outros milhões.

O presidente russo Vladimir Putin diz que a “operação militar especial” na Ucrânia é necessária porque os Estados Unidos estavam usando o país para ameaçar a Rússia, e Moscou precisou se defender contra a perseguição de russófonos.

Putin, que diz que a Ucrânia e a Rússia são essencialmente um só povo, classifica a guerra como um confronto inevitável com os Estados Unidos, que ele acusa de ameaçar a Rússia ao se intrometer em seu quintal e ampliar a aliança militar da Otan.

A Ucrânia diz que luta contra uma apropriação de terras ao estilo imperial e que as alegações de Putin de genocídio contra russófonos são um absurdo. Zelenski tem pedido aos líderes americanos e europeus que forneçam a Kiev armas e equipamentos mais pesados.

Putin alertou em fevereiro que não haveria vencedores em um conflito entre a Otan e a Rússia, que possui o maior arsenal de ogivas nucleares do mundo.

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