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Cerca de 95% dos venezuelanos querem anexar território da Guiana

A votação coloca em disputa um território rico em petróleo e que correspondente a 2/3 da Guiana.

Segundo o resultado preliminar do primeiro boletim do plesbicito realizado na Venezuela a respeito da anexação de parte do território da Guiana, cerca de 95% dos venezuelanos que participaram da votação concordam com a ideia e querem anexar a região. A questão trata da demarcação da província de Essequibo, região muito rica em petróleo e que corresponde atualmente a 2/3 do território guianense, mas que os venezuelanos reivindicam desde 1821.

A consulta popular contrariou recomendação da Corte Internacional, que proibia a Venezuela de tomar qualquer medida para revisar demarcação de terras. Nicolás Maduro, no entanto, prosseguiu com o referendo consultivo, que continha cinco perguntas.

O ditador foi fervoroso durante a campanha pelo “sim” dos venezuelanos e comemorou o resultado. "Demos os primeiros passos de uma nova etapa histórica para lutar pelo que é nosso. O povo venezuelano falou alto e bom som. Cinco vezes sim”, celebrou Maduro.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, por sua vez, denunciou o referendo como “uma ameaça” à paz na América Latina e no Caribe e afirmou que os guianenses “não têm nada a temer”. "Estamos trabalhando incansavelmente para garantir que as nossas fronteiras permaneçam intactas e para que a população e o nosso país permaneçam seguros", disse o líder guianense em uma transmissão no Facebook.

A previsão é de que tal resultado seja apenas uma procura inicial da Venezuela por reforço de sua reivindicação e de que não haverá consequências práticas, pelo menos em curto prazo. Além disso, o governo venezuelano negou que a iniciativa seja uma desculpa para invadir e anexar à força o território.

Lula comentou o plebiscito

O presidente Lula está em Dubai, onde participa do evento da ONU, a COP 28, e durante coletiva de imprensa nesse domingo (03), ele comentou a tentativa de anexação do território guianense por parte da Venezuela, pedindo bom senso de ambos os lados.

“A América do Sul não está precisando de confusão. Não se pode ficar pensando em briga. Espero que o bom senso prevaleça. Do lado da Venezuela e do lado da Guiana”, afirmou Lula, que deve retornar ao Brasil na terça-feira (05).

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