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Teresina - Piauí

Acusado de matar advogado Ozires tem prisão preventiva decretada

A decisão do juiz Arilton Rosal Falcão Júnior é desta sexta-feira (15) e foi dada para a garantia da ordem pública.

Réu confesso no latrocínio que vitimou o advogado Ozires de Castro Machado, crime ocorrido na noite da última segunda-feira (11), no bairro Saci na zona sul de Teresina, Francinaldo dos Santos Batista, vulgo "Neném", teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Arilton Rosal Falcão Júnior, responsável pela Audiência de Custódia. A decisão é de sexta-feira (15) e foi dada para a garantia da ordem pública.

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilFrancinaldo dos Santos, o NenémFrancinaldo dos Santos, o Neném

Segundo o magistrado, estão presentes os pressupostos e requisitos do art.312, do Código de Processo Penal.

“Portanto, está presente, no caso dos autos, o preenchimento do requisito referente a garantia da ordem pública como uma das condições que autorizam a custodia cautelar do investigado, nos termos do artigo 312, do CPP, tendo em vista a periculosidade do mesmo e a gravidade da conduta praticada”, ressalta o juiz na decisão.

O crime

Ozires Machado, de 28 anos, assessor de um juiz do Maranhão, foi alvejado com um tiro na cabeça na zona sul de Teresina na segunda-feira, dia 11 de setembro. O rapaz era sobrinho do ex-prefeito de Cabeceiras, José de Ozires.

Ele ainda foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina, mas morreu na terça-feira, 12 de setembro, após uma parada cardiorrespiratória, provocada por um traumatismo craniano. Uma câmera de segurança flagrou a ação dos bandidos e o momento que Ozires tentou escapar do assalto.

  • Foto: Reprodução/FacebookOzires Machado NetoOzires Machado Neto

Francinaldo dos Santos Batista, confessou na quinta-feira (14), ter participado do crime. O criminoso foi preso por uma equipe da Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta.

“Nós estávamos esperando. Daí nós vimos o celular dele [Ozires] que era grande. Quando chegamos no carro ele tentou sair, foi quando eu atirei para o chão. Aí meu parceiro tomou da minha mão [a arma] e eu escutei só o outro tiro”, afirmou.

O acusado disse ainda que seu parceiro, identificado pela polícia como “Dodô” sumiu após o crime. A polícia continua em diligência atrás do outro suspeito. A investigação foi realizada pela equipe ALFA, composta pelo investigador Lourival Neto, da Delegacia de Homicídios.

Em entrevista ao GP1, o delegado Barêtta descartou que Francinaldo não tenha sido o autor dos disparos. “Durante o interrogatório, Francinaldo chegou a atribuir o crime a outras pessoas e até mentir, dizer que não estava na cena do crime. Mas nós tínhamos testemunhas de que ele esteve na cena do crime e imagens de quando ele abandona a moto e entra no gol vermelho que está apreendido, que inclusive foi usado também para fazer vários assaltos na zona sul de Teresina”, afirmou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Delegado BarettaDelegado Baretta

Segundo o delegado, há provas que apontam que foi Francinaldo quem matou Ozires. “Diante da apreensão da camisa dele com o sangue, que respingou quando ele atirou na vítima chegamos à conclusão de que foi ele que efetuou o disparo que matou o advogado. A perícia também confirmou”, disse.

Barêtta detalhou a ação dos bandidos. “O crime aconteceu em uma via estreita, onde passam muitos estudantes. Quando a vítima parou, com o vidro baixo e com o telefone, Francinaldo anunciou o assalto. Foi quando a vítima reagiu e arrancou o carro. Depois que a vítima arrancou o veículo ele efetuou o disparo que se alojou na porta. A vítima então desgovernou o carro, que subiu sobre a calçada e bateu no portão de uma casa. Francinaldo então foi lá novamente para tomar o celular e a vítima faz outra reação, que culminou no tiro na cabeça da vítima”.

O delegado disse ainda que três pessoas estão envolvidas no crime. “Depois do assalto o Neném [Francinaldo] saiu com o Dodô e tomaram uma moto de assalto de uma senhora. Em seguida eles abandonaram a moto e entraram no gol vermelho, que estava sendo conduzido por um indivíduo identificado como ‘Pallito’. Não há dúvidas de que se trata de um latrocínio”, completou.

Em vídeo divulgado pela Polícia Civil ao GP1, Francinaldo dá detalhes do latrocínio. Ele confirma ter usado a arma para atirar no chão, mas alega que seu comparsa, que está foragido, foi quem efetuou o disparo que matou o advogado.

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