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Picos - Piauí

Acusado de matar mototaxista em Picos é condenado a 24 anos de prisão

Francisco Manoel da Silva, vulgo Chico Porém, vai cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária de Picos.

Em sessão de julgamento realizada nesta terça-feira, 13, o Tribunal Popular do Júri da Comarca de Picos condenou a 24 anos de prisão em regime fechado, o réu Francisco Manoel da Silva, o Chico Porém. Ele é acusado pelo assassinato do mototaxista Edilson Vrigulino Neto , crime ocorrido no início da noite de 7 de maio de 2004, na zona rural de Santana do Piauí.

O julgamento do acusado deveria ter acontecido no dia 6 de novembro do ano passado, mas, fora adiado a pedido da defesa e aceito pelo Ministério Público e pelo assistente de acusação, advogado Elias Cipriano.

  • Foto: José Maria Barros/GP1Acusado presta depoimentoAcusado presta depoimento

Presidida pela juíza Nilcimar Rodrigues de Araújo, a sessão do Tribunal Popular do Júri terminou por volta das 10 horas da noite desta terça-feira, 13, quando foi lida a sentença, sendo o réu Chico Porém condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado. O Conselho de Sentença era formado por seis mulheres e um homem.

  • Foto: José Maria Barros/GP1Sessão do Júri terminou depois das 22 horasSessão do Júri terminou depois das 22 horas

Segundo o assistente de acusação, advogado Elias Cipriano, logo após a leitura da sentença a juíza Nilcimar Rodrigues decretou a prisão preventiva do condenado, que foi algemado e recambiado para a Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos.

  • Foto: José Maria Barros/GP1Assistente de acusação diz que foi feita justiçaAssistente de acusação diz que foi feita justiça

“Foi um crime bárbaro, sem qualquer chance de defesa para a vítima! O réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, uma sentença esperada pela família há mais de quinze anos. Foi feita justiça!" – comentou o advogado Elias Cipriano, que atuou como assistente de acusação ao lado do representante do Ministério Público. Na defesa do acusado o advogado Luís Bezerra. Ele disse que vai recorrer da sentença.

  • Foto: José Maria Barros/GP1Familiares da vítima esperaram por quinze anos por justiçaFamiliares da vítima esperaram por quinze anos por justiça

Entenda o caso

Na época do assassinato, 7 de maio de 2004, Edilson Virgulino Neto tinha 28 anos de idade e seu filho apenas três anos. Hoje o garoto tem 18 anos completados recentemente e mora com a mãe, que logo após o ocorrido mudou-se para outra cidade para que a criança não ficasse traumatizada.

O motorista Francisco Manoel da Silva, vulgo Chico Porém, hoje com 62 anos de idade, assassinou o mototaxista Edilson Virgulino Neto, 28 anos, no início da noite de 7 de maio de 2004, na zona rural de Santana do Piauí.

Segundo as investigações da Polícia, o crime fora cometido por ciúmes. Casado e pai de cinco filhos, o acusado mantinha um relacionamento extraconjugal com Francisca Jovita de Lima, conhecida como Tica Verdureira.

Esta, no entanto, vinha mantendo um relacionamento amoroso com um mototaxista identificado apenas pelo apelido de Matuto. No dia do crime, informa o assistente de acusação, advogado Elias Cipriano, Chico Porém armou uma emboscada e assassinou Edilson Virgulino Neto, que apenas tinha ido fazer uma “corrida” e deixar Tica Verdureira em casa.

O acusado fugiu e somente foi preso onze dias depois após intensa investigação da Polícia, comandada pelo então delegado de Santana do Piauí, Cipriano Mourinha. Em depoimento, Chico Porém ainda tentou negar o crime, mas acabou confessando a autoria e justificou na época que matou o mototaxista por ciúmes da amante, Tica Verdureira.

Preso e recambiado para a Penitenciária Regional José de Deus Barros, em Picos, Chico Porém ficou apenas seis meses recolhido. No dia 18 de novembro de 2004 foi autorizado a responder ao processo em liberdade.

Logo em seguida foi morar em São Paulo com a amante Tica Verdureira e lá permaneceu até vir se submeter ao julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, quando acabou sendo condenado a 24 anos de prisão em regime fechado.

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