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Economia e Negócios

Banco Central surpreende e mantém Selic em 6,50% ao ano

Em nota, o BC relacionou a decisão à recente volatilidade que tem levado à disparada do dólar.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter nesta quarta-feira (16) a taxa básica de juros da economia em 6,50% ao ano. A taxa se mantém no valor mais baixo desde sua criação, em 1996. Um corte de 0,25 ponto porcentual era esperado por analistas do mercado.

Dólar

Em nota, o Banco Central relacionou a decisão à recente volatilidade que tem levado à disparada do dólar. "Esse risco se intensificou desde o último Copom", diz trecho da nota.

Ainda segundo comunicado divulgado pelo Copom, " O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes".

"A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes", diz ainda a nota do BC.

Manutenção de juros

O comitê ainda informou que, nas próximas reuniões, a taxa deve ser mantida no mesmo patamar de 6,5%.

"Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, principalmente, do balanço de riscos tornou desnecessária uma flexibilização monetária adicional [redução da taxa de juros] para mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas", diz a nota.

"Para as próximas reuniões, o comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".

A manutenção da Selic surpreendeu, pois o próprio Banco Central sinalizou em março que haveria um novo corte de juro se a inflação continuasse baixa, como vem acontecendo.

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