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Economia e Negócios

Bolsas da Ásia fecham em alta, mas mercados europeus têm dia instável

Entre os bancos centrais da Ásia e da Oceania, a mensagem de manutenção de estímulos dada pelo Fed foi ecoada pelo da Coreia do Sul.

A percepção de que as principais economias globais e seus bancos centrais terão de gastar mais para financiar a recuperação da economia após a crise da covid-19 alimentou o rali na maioria das Bolsas da Ásia e da Oceania nesta quinta-feira, 26. Essa visão geral ofuscou uma tendência de realização de lucros, vista ao longo de quarta-feira, 25, em Wall Street e na Europa.

O entendimento de mais estímulos ganhou gás com a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O documento registrou que houve discussões do Fed para remanejar a sua política de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). "A mensagem que eles enviam é que provavelmente veremos mais mudanças (leia-se "aumentos") no QE logo na reunião de meados de dezembro", resume o estrategista global do Rabobank, Michael Every, em relatório. Mais apoio monetário é, em última instância, positivo para o mercado de ações.

Bolsas da Ásia

Entre os bancos centrais da Ásia e da Oceania, a mensagem de manutenção de estímulos foi ecoada pelo da Coreia do Sul. A instituição manteve o juro básico em 0,50% e, embora tenha elevado a projeção de crescimento do ano que vem de 2,8% para 3,0%, sinalizou taxas baixas até que a recuperação econômica se estabilize. Desta forma, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, terminou em sua máxima histórica, aos 2.625,91 pontos (+0,94%).

No Japão, o índice Nikkei se manteve nos mais altos níveis desde maio de 1991, aos 26.537,31 pontos (+0,91), na esteira do otimismo global. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu aos 26.819,45 pontos (+0,56%). Na China, o Xangai Composto avançou aos 3.369,73 pontos (+0,22%), mas o Shenzhen Composto cedeu aos 2.349,92 pontos (-0,39%). A força da realização de lucros recentes encontrou um mercado com menos liquidez, por causa da preparação ao feriado americano de Ação de Graças.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney cedeu aos 6.636,40 pontos (-0,70%) e a de Wellington recuou a 6.848,80 pontos (-0,57%).

Bolsas da Europa

As Bolsas europeias operam sem força e também sem direção única na manhã desta quinta-feira e a liquidez dos negócios é baixa por causa do fechamento dos mercados americanos para comemoração da Ação de Graças. A diminuição das transações ocorre ainda numa semana em que o índice Dow Jones superou a marca de 30 mil pontos seguido de um movimento de realizações ontem, puxado por dados decepcionantes do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Internamente, não há novidades sobre o Brexit, como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Em suma, como enfatizaram alguns analistas, a semana tecnicamente acabou e o índice intercontinental Stoxx-600 recuava 0,08%, a 391,78 pontos. Se as Bolsas estão sem tendência definida, o mercado de petróleo futuro embalou num movimento de realização de lucros agora cedo, depois de o barril ter mantido a trajetória de alta ao longo das últimas sessões. No câmbio, as moedas da região também apresentam pouca variação em relação ao dólar.

Às 6h45, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,56%, a de Frankfurt subia 0,02%, a de Paris recuava 0,08%, a de Milão tinha alta de 0,15%, a de Madri cedia 0,66% e a de Lisboa ganhava 0,05%. No mercado cambial, o euro era negociado a US$ 1,1912, ante US$ 1,1922 do fim da tarde de quarta, e a libra era cotada a US$ 1,3370, de US$ 1,3388 da véspera.

Petróleo

Depois de quatro sessões de altas firmes e voltar ao nível de março, amparado pela esperança por uma vacina contra a covid-19 e uma renovação de cortes de produção por parte do Opep+, o petróleo opera sem viés nesta madrugada. O aumento de casos de coronavírus no mundo antes da imunização impõe, por outro lado, uma tendência para a realização de lucros. Vale lembrar que hoje é feriado nos Estados Unidos (Dia de Ação de Graças), o que tende a retrair bastante a liquidez internacional. Às 4h27 (de Brasília), o barril para janeiro do Brent era negociado na Intercontinental Exchange a US$ 48,64 (+0,06%) e o do WTI na New York Mercantile Exchange era comercializado a US$ 45,67 (-0,09%).

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