Em reunião ontem com o presidente Jair Bolsonaro, o subprocurador-geral Mario Bonsaglia defendeu a lista tríplice de candidatos à Procuradoria-Geral da República, mas ponderou que o documento não é uma imposição da categoria. Bonsaglia lidera a lista tríplice, formada durante votação da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
A Bolsonaro, o candidato à chefia do Ministério Público disse que os nomes mais votados na eleição interna têm respaldo da categoria, segundo apurou o Estado. Bonsaglia foi o primeiro candidato da lista tríplice recebido pelo presidente, que já afirmou, em outras ocasiões, que pode escolher um nome de fora da lista para o cargo.
O mandato da atual procuradora-geral, Raquel Dodge, termina no dia 17 de setembro.
Na audiência com Bolsonaro, o subprocurador-geral também defendeu o uso do voto impresso, bandeira antiga do presidente. Bonsaglia lembrou a Bolsonaro que foi procurador regional eleitoral por quatro anos e que teria se convencido de que o voto impresso é importante para uma segurança adicional.
Na saída do encontro, Bonsaglia afirmou a jornalistas que o presidente colocou na reunião “preocupações dele com relação à área jurídica”. Meio ambiente, preservação da Amazônia, porte de armas e direitos de minorias foram outros temas que entraram na conversa, acompanhada pelo ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, e outros dois auxiliares do Palácio do Planalto. A equipe do presidente já tinha informações sobre o perfil de Bonsaglia.
“Basicamente, (o presidente falou sobre) a importância de compatibilizar preservação da Amazônia com desenvolvimento sustentável. Essa é minha posição também. (Ainda tratou da) factibilidade de proteger e respeitar direitos indígenas e, ao mesmo tempo, promover desenvolvimento sustentável”, disse Bonsaglia sobre a reunião.
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