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Carlos Arthur Nuzman renuncia à presidência do COB

A carta de renúncia foi entregue na Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Comitê, pelos advogados de Nuzman.

Carlos Arthur Nuzman renunciou, nesta quarta-feira (11), ao cargo de presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ele estava em seu sexto mandato, que se encerraria em 2020. Nuzman foi preso na última quinta-feira (5), durante a operação Unfair Play, no Rio de Janeiro.

A carta de renúncia foi entregue na Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Comitê, pelos advogados de Nuzman. A assembleia foi convocada pelo presidente em exercício, Paulo Wanderley, e reúne representantes de 30 confederações esportivas.

Após a renúncia de Nuzman ser aceita, os dirigentes discutem agora a questão da sucessão no COB. Há a possibilidade de que uma eleição para a presidência da entidade seja convocada ainda nesta assembleia.

  • Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoO presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, é conduzido por policiais O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, é conduzido por policiais

Pelo estatuto do COB, em caso de vacância da presidência, assume automaticamente o vice, que no caso é Paulo Wanderley, eleito na chapa de Nuzman. A assembleia do COB vai marcar uma votação para escolher um novo vice-presidente, cargo que fica vago com a ascensão de Wanderley à presidência do Comitê. Entretanto, ainda não há data marcada para a votação, nem foram definidas as regras para as candidaturas.

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Miguel Cagnoni disse que uma comissão formada por três membros foi escolhida para adequar o estatuto do COB às exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Entre as modificações exigidas está a maior participação dos atletas na tomada de decisões da entidade.

Da comissão que vai modificar o estatuto do COB, fazem parte os presidentes das confederações de Vela, Atletismo e Esgrima, além do judoca Tiago Camilo, como representante dos atletas.

Prisão preventiva por tempo indeterminado

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou na segunda-feira (9) o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e decretou a prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman, presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O prazo para a prisão temporária, de cinco dias, terminaria nesta segunda. Agora, a detenção se dá por tempo indeterminado.

Bretas também prorrogou prisão temporária de Leonardo Gryner, braço-direito de Nuzman e ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016. Ele também foi preso na segunda fase da operação "Unfair Play" (jogo sujo, do inglês).

Segundos os investigadores, Nuzman e Gryner intermediaram o pagamento de propinas para que o Rio fosse escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Também estão envolvidos no esquema, investigado em cooperação com procuradores da França, o ex-governador Sérgio Cabral, preso desde novembro, e o empresário Arthur Soares, o "Rei Arthur", que está foragido.

Procuradoria da Suíça confirma que apreendeu barras de ouro

A Procuradoria Federal Pública da Suíça confirmou que apreendeu barras de ouro de Carlos Arthur Nuzman. As autoridades suíças não disseram quantas barras foram encontradas nem onde elas foram apreendidas.

Segundo o Ministério Público Federal do Rio, Nuzman escondeu 16 barras de ouro, de um quilo cada, na Suíça e só declarou a posse à Receita Federal, depois que a casa dele foi vasculhada na primeira fase da operação.

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