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China fecha consulado americano na cidade de Chengdu

Ato foi resposta ao fechamento do consulado chinês em Houston, nos Estados Unidos, sob acusação de espionagem.

O Consulado Geral dos Estados Unidos na cidade chinesa de Chengdu, no sudoeste da China, baixou nesta segunda-feira, 27, a bandeira americana, poucas horas antes do término do prazo para seu fechamento, ordenado por Pequim na última sexta-feira.

A sede consular retirou a bandeira do país norte-americano às 18h18, horário local (19h18 do domingo, horário de Brasília), de acordo com imagens transmitidas pela TV estatal CCTV, pouco antes do horário estabelecido, às 10h. Em uma breve declaração, o Ministério das Relações Exteriores da China confirmou o fechamento do consulado e alegou que a China "tomou posse" do prédio.

O tráfego foi cortado em torno do consulado e a polícia adotou rigorosas medidas de segurança para evitar incidentes, segundo a mídia local. Ao contrário dos dias anteriores, as forças de segurança impediram jornalistas estrangeiros de abordar a representação diplomática. A rede estatal também mostrou imagens de oficiais dos EUA saindo do consulado durante a noite em meio a um cordão policial.

O consulado americano em Chengdu foi aberto em 1985 pelo então presidente George H. W. Bush e empregava cerca de 200 pessoas - 150 delas trabalhadores locais - que cobriram o Tibete e outras regiões no sudoeste da China.

O fechamento da representação diplomática é uma retaliação chinesa pela ordem de fechamento do consulado da China em Houston, no Texas, anunciada pelo governo americano na semana passada. Autoridades americanas, como o secretário de Estado, Mike Pompeo, declararam que o local se tratava de um centro de espionagem chinês, o que foi refutado por Pequim.

"O relacionamento entre os dois países não é o que a China gostaria, mas Washington é responsável por isso", disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado, acrescentando que sua resposta está "alinhada ao direito internacional, às regras básicas que governam as relações internacionais e às relações internacionais."

O porta-voz do ministério, Wang Wenbin, deu um passo adiante, observando que os diplomatas dos EUA enviados a Chengdu estão envolvidos em "atividades inconsistentes" com sua missão, e que a China no passado apresentou várias queixas a respeito.

A crise nos consulados levou as relações já deterioradas entre as duas grandes potências mundiais a um dos piores momentos das últimas décadas. Ele se une à troca de acusações pela origem e administração do coronavírus, pela guerra tecnológica e comercial, pelas censuras à nova lei de segurança de Hong Kong ou à situação dos direitos humanos das minorias muçulmanas na região noroeste da China.

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