Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Começa audiência de instrução do acusado de matar Samuel Borges

O crime aconteceu no último dia 1º de fevereiro de 2019, quando a vítima foi assassinada na frente do próprio filho.

Teve início na manhã desta segunda-feira (27) a audiência de instrução e julgamento do policial militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de assassinar o cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel Borges, na frente do filho no último dia 1º de fevereiro de 2019. Francisco Ribeiro foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Piauí pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e traição).

A audiência é conduzida pelo juiz Antônio Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que irá ouvir as testemunhas e o acusado, depois serão realizados os debates orais entre o advogado de defesa e o promotor de acusação. Na audiência serão ouvidas seis testemunhas de acusação e quatro de defesa.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Secretaria da 1ª Vara do JúriSecretaria da 1ª Vara do Júri

No final da audiência, o juiz Antônio Nollêto decidirá se aceita denúncia do Ministério Público para o policial ir para julgamento Tribunal do Júri ou então ele pode pedir um prazo de até 10 dias para dar a sua decisão. Se ele aceitar a denúncia, será marcada uma data para o julgamento de Francisco Ribeiro no Tribunal do Júri

O pai de Samuel, José Borges, em entrevista ao GP1, agradeceu ao trabalho desempenhado pela Polícia Civil do Piauí, pois acredita que as provas coletadas são suficientes para garantirem que seja feita Justiça no caso.

“O que a gente espera é que a ação ande bem, como até agora já andou. A polícia fez um excelente trabalho. O delegado Barêtta, o delegado Willame [Moraes], todos que trabalharam baseados na verdade, nas provas que têm, está tudo esclarecido e só queremos que a Justiça dê continuidade a esse processo. Está tudo filmado, o delegado fez um excelente trabalho e eu acredito que a Justiça seja feita. Não pode uma pessoa dessa natureza, ficar ceifando vidas, como já sabemos de histórico dele em outros casos”, disse José Borges.

  • Foto: Lucas Dias/GP1José Borges, pai do Samuel BorgesJosé Borges, pai do Samuel Borges

A perda do policial afetou toda a família, principalmente o filho que acabou presenciando o crime. Apesar da situação, José Borges agradeceu o apoio que tem recebido.

“A nossa perda é irreparável. Nós temos muitas dificuldades, como o filho dele, que sente muito a falta do pai. Até agora a sociedade de Teresina tem nos ajudado. Os amigos têm nos dado força, a igreja dele também tem sido muito presente e por isso estamos conseguindo andar, mas só quero que haja Justiça de verdade”, afirmou.

José Borges acabou vendo o assassino durante a audiência. “Foi muito rápido, na hora é uma sensação muito péssima, não foi fácil não, é difícil de encarar”, lamentou o pai.

  • Foto: DivulgaçãoCabo Samuel de Sousa BorgesCabo Samuel de Sousa Borges

O crime

Samuel foi morto com três tiros na cabeça, na frente do filho, próximo a um colégio particular, na zona leste de Teresina, na tarde do dia 1º de fevereiro deste ano. O acusado é Francisco Ribeiro dos Santos Filho, soldado da Polícia Militar do Maranhão, lotado no 11º BPM de Timon.

  • Foto: Facebook/Francisco RibeiroSoldado da PM Francisco Ribeiro dos Santos FilhoSoldado da PM Francisco Ribeiro dos Santos Filho

Francisco foi detido por populares que tentaram linchá-lo, não obtendo êxito por causa da chegada do delegado Willame Moraes, que impediu a ação. O soldado foi encaminhado para a Central de Flagrantes e em seguida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em decorrência dos ferimentos sofridos. Ele está preso na penitenciária de Campo Maior.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Corpo do cabo Samuel Borges é sepultado ao som de "Amigos para Sempre"

PM acusado de matar cabo Samuel Borges estava com arma irregular

Juiz determina que Justiça do Maranhão julgue PM que matou cabo Samuel

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.