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Saúde

Coronavírus já tem transmissão local em 38 países, aponta OMS

Já foram registrados cerca de 95 mil casos e 3,3 mil mortes pela doença; surto se concentra em China, Coreia do Sul, Itália e Irã.
Por Estadão Conteúdo

Pelo menos 86 países e territórios já confirmaram ao menos um caso de coronavírus. Contando o Brasil, 38 já registram transmissão local, segundo boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado na noite desta quinta-feira, 5.

As demais nações com casos da doença, mas sem transmissão local, registraram apenas infecções importadas ou têm casos cuja origem ainda está em investigação.

É considerada transmissão local quando a infecção ocorre no mesmo local de notificação, como foi o caso das duas brasileiras que foram contaminadas em território nacional, após contato com outro caso confirmado da doença.

A declaração de transmissão local acende um alerta porque indica que o vírus já circulou entre cidadãos daquele país. Nessa condição, no entanto, ainda é possível saber a origem da contaminação dos doentes. O cenário mais preocupante é o de transmissão comunitária, na qual o número de casos é tão alto que torna-se impossível estabelecer as cadeias de transmissão de cada indivíduo.

De acordo com a OMS, já são 95.333 casos confirmados e 3.282 óbitos pela doença no mundo, a maioria na China.

Apesar do alto número de países com ao menos um caso confirmado, o surto se concentra principalmente em quatro nações: China, Coreia do Sul, Itália e Irã. Juntos, eles reúnem quase 97% de todos os registros mundiais.

A taxa de letalidade da doença está em cerca de 3,4% e os países mais afetados têm índice semelhante, com uma exceção: a Coreia do Sul. No país asiático, que tem o segundo maior número de casos no mundo, a mortalidade registrada até agora é de apenas 0,6%.

Resposta

Em coletiva de imprensa realizada ontem, lideranças da OMS pediram aos países que “não desistam” de conter o vírus mesmo diante de uma cada vez mais evidente expansão global. “Essa epidemia é uma ameaça para todos os países, ricos e pobres. A solução é a preparação agressiva”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

“Estamos preocupados que alguns países não tenham levado isso a sério o suficiente ou tenham decidido que não podem fazer nada. Estamos preocupados que em alguns países o nível de comprometimento político e as ações que demonstram esse comprometimento não correspondam ao nível da ameaça que todos enfrentamos”, acrescentou.

Ghebreyesus falou que “não é hora de desistir” e que é preciso um comprometimento de políticas sustentáveis para conter o coronavírus, algo que a entidade acredita ser possível mediante uma ação “coletiva, coordenada e abrangente”.

A variedade de sintomas e mesmo a ausência deles é um fator que vem sendo investigado. A possibilidade de uma pessoa infectada pelo vírus, mas sem sintomas, transmiti-lo existe, mas a OMS não acredita que essa seja a principal forma de transmissão, senão teríamos um número maior de casos.

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