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Nazária - Piauí

Criança que viu mãe ser degolada em Nazária será ouvida pela polícia

Conforme a delegada Luana Alves, o menino de 2 anos presenciou o crime e passou a noite ao lado da vítima morta e toda ensanguentada.

A investigação do caso do assassinato de Laysse da Silva Carvalho, passa a ser conduzida pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ainda vai coletar o depoimento do filho da vítima, de apenas 2 anos, que presenciou todo o crime.

Conforme a titular do Núcleo de Femincídio, delegada Luana Alves, uma psicóloga capacitada da Polícia Civil vai coletar o depoimento da criança. O menino de 2 anos presenciou o crime e passou a noite ao lado da vítima morta e toda ensanguentada.

“Foi uma cena de terror para essa criança, ela passou a noite com a mãe morta, toda ensanguentada e presenciou tudo, de acordo com familiares, essa criança relata uma briga, fala sobre a mãe, um homem na cama. Então essa criança está extremamente traumatizada. O depoimento dessa criança vai ser coletado por meio de uma psicóloga da polícia, que é uma pessoa capacitada para pegar esse depoimento”, informou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Delegada Luana AlvesDelegada Luana Alves

Depoimento do acusado

Ainda de acordo com a delegada Luana Alves, o acusado de cometer o crime, Thalisson Francisco Araújo, que foi preso com o celular da vítima, negou ter degolado Laysse.

“Ele nega, ele foi preso portando o celular da vítima e alegou que comprou. No entanto, familiares de Thalisson afirmam que ele não andava com dinheiro e que tem o costume de cometer roubos e furtos. Então, dificilmente ele vai ter R$ 350 para comprar um celular da noite para o dia, essa é a versão dele. Agora ele está sendo monitorado, em razão da audiência de custódia que ele foi no sábado”, disse.

  • Foto: DivulgaçãoAcusado de matar Laysse CarvalhoAcusado de matar Laysse Carvalho

Frieza

Em seu depoimento, o suspeito demonstrou frieza. Conforme a delegada, o comportamento não leva a inocência dele. “O Thalisson é um rapaz extremamente frio, audacioso, desafia a polícia, ele olha com o nariz bem empinado. Ele está muito tranquilo para quem é inocente, é um rapaz extremamente frio”, ressaltou.

Marcas

No dia da prisão de Thalisson, policiais do 17º Batalhão da Polícia Militar informaram que o suspeito apresentava marcas de luta corporal, que podem ter sido motivadas suspostamente pela vítima. “Ele apresenta essas marcas, alega que foi uma briga com a mãe, que empurrou ele. O que ele fala, a gente escuta, consta no depoimento, mas também procura outros depoimentos”, relatou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Titular do Núcleo de FeminicídioTitular do Núcleo de Feminicídio

Roupas do suspeito foram apreendidas e serão levadas para a perícia.

Autuação por receptação

O principal suspeito de assassinar a jovem foi preso poucas horas após o crime, mas acabou sendo autuado na Central de Flagrantes de Teresina apenas pelo crime de receptação.

“Esse fato precisa de uma investigação mais detalhada, pois os populares nos informaram que o suspeito foi visto nas proximidades do local que aconteceu o crime. O delegado responsável pela cidade decidiu deixar o homem preso para não atrapalhar as futuras investigações”, relatou o cabo Alves, do 17º Batalhão da Polícia Militar.

Entenda o caso

Na manhã da última sexta-feira (20), Laysse Carvalho, de 29 anos, foi degolada na frente do filho de apenas dois anos, na cidade de Nazária, distante 35 km de Teresina. A mulher foi encontrada despida, em cima da cama, com a perfuração no pescoço.

O cunhado da vítima foi a primeira pessoa que chegou ao imóvel, nas primeiras horas da sexta-feira, e se deparou com Laysse morta e o filho dela sujo de sangue, próximo ao corpo.

Um homem conhecido como Chaparral, com quem a vítima tinha uma relação amorosa, chegou a ser apontado como autor do crime, mas a polícia descartou sua participação no feminicídio, tendo em vista que ele estava em um local diferente no momento em que Laysse foi assassinada.

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