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Teresina - Piauí

Delegacia do Idoso em Teresina não está atendendo vítimas, diz advogado

O GP1 tentou entrar em contato com o delegado geral da Polícia Civil no Piauí, Luccy Keiko, porém ele não foi localizado.

O advogado Francisco Maziel denunciou ao GP1, na manhã desta terça-feira (19), que a Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia do Idoso, localizada no Centro de Teresina, está se recusando a adotar providências acerca da ameaça de morte contra um idoso, em razão da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o advogado, no último dia 11 de maio, seu cliente de 65 anos registrou um Boletim de Ocorrência Virtual, narrando que havia sido ameaçado por uma de suas filhas por conta de uma disputa envolvendo uma herança. Ocorre que na manhã de segunda-feira (18), o idoso relatou que sofreu uma tentativa de homicídio por dois homens em uma motocicleta, fato que ensejou sua defesa a cobrar providências quanto à investigação sobre o caso.

No entanto, ao procurar a Delegacia do Idoso nessa segunda-feira (18), Francisco Maziel explicou que foi informado por uma escrivã que a delegada não estava presente e que esse tipo de caso seria investigado, posteriormente.

“Fui informado por uma das escrivãs, a qual não recordo o nome, que a delegada não se encontrava, só atende alguns dias da semana, mas que a mesma não está tomando nenhuma providência até passar a pandemia, sob o argumento de que os juizados não estão recebendo o TCO. Ainda, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, não estavam movimentando esses termos de ocorrência”, ressaltou.

Já na manhã desta terça-feira (19), a defesa do idoso procurou o Grupo de Atuação Especial do Controle Externo do Ministério Público do Piauí, pedindo que fossem adotadas providências quanto ao atendimento por parte da Delegacia do Idoso, tendo em vista que até o momento não foi realizado nenhum procedimento, a fim de resguardar a proteção de seu cliente.

O que diz a Polícia Civil

Em entrevista ao GP1, na noite desta terça-feira (19), a delegada do Idoso, Daniela Barros, afirmou que o advogado foi atendido pela delegada Katia na sede da delegacia, nessa segunda-feira (18), e na ocasião ressaltou a ele que a Justiça não estava recebendo Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), no entanto, foi pedida uma medida cautelar em apartado para o Fórum.

“Como é um caso de TCO e a Justiça não está recebendo, eu pedi uma medida cautelar em apartado e mandei para o Fórum, não ao juizado, mas eu mandei, pois o juizado não está recebendo, e pedi uma medida protetiva em favor dele. Vai depender da Justiça entender se é viável ou não, mas eu tomei as providências. Então ele está mentindo, pois ele não aguardou sequer a resposta e saiu da delegacia dando escândalo. Eu nunca vi uma cena dessa”, esclareceu a delegada Daniela Barros.

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