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Dói na alma ver campanha contra soberania do Brasil, diz Bolsonaro

Nesta sexta durante pronunciamento, o presidente adotou um tom mais moderado e disse que incêndios florestais acontecem em todo o mundo e não podem ser pretexto para possíveis sanções interna

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar das queimadas na Amazônia e afirmou em seu Twitter neste sábado, 24, que "dói na alma ver brasileiros não enxergando a campanha fabricada contra a nossa soberania na região". Na mesma postagem, há um vídeo com trecho de uma entrevista do General Eduardo Villas Boas, concedida ao jornalista Pedro Bial em setembro de 2017.

Villas Boas conta de uma operação da época em que comandava a Amazônia e foi avisado por um comandante de batalhão que o rei da Noruega estava em uma aldeia indígena. "Há um déficit de soberania", disse o General na entrevista, ressaltando que a Amazônia tem 84% da floresta preservada, enquanto na Europa, somente 0,3%. "Nenhum país europeu tem autoridade para nos ensinar em como tratar do meio ambiente", disse ele na entrevista.

Nesta sexta-feira, 23, Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão sobre as queimadas na Amazônia e a política ambiental do governo, que tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior.

O presidente adotou um tom mais moderado e disse que incêndios florestais acontecem em todo o mundo e não podem ser pretexto para possíveis sanções internacionais. "Seguimos abertos ao diálogo com base no respeito e cientes da nossa soberania." Mais cedo, ele já havia autorizado o uso das Forças Armadas em operações na Amazônia Legal para combater as queimadas.

O pronunciamento na noite desta sexta-feira foi recebido com panelaço em diferentes cidades brasileiras, como São Paulo, Rio, Salvador, Brasília e Recife. A questão ambiental e as políticas do governo federal motivou intensa reação global nos últimos dias.

Pelas redes sociais, usuários relataram panelaços na região da Avenida Paulista, na Pompeia, na Vila Madalena e em Perdizes, em São Paulo, assim como nas Laranjeiras, Leme, Tijuca, Humaitá, Alto Leblon e Glória, no Rio. A forma de manifestação durante pronunciamentos oficiais de um presidente lembra o movimento que criticou a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff em 2015 e 2016, quando os panelaços se multiplicaram.

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