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Economia e Negócios

Dólar tem dia volátil e encerra negócios em R$ 3,70 com leve alta

O resultado se deu mesmo com a injeção de US$ 3,25 bilhões no mercado pelo Banco Central.

Após registrar a maior queda em quase 10 anos na sexta-feira, 8, o dólar teve um dia volátil nesta segunda-feira, 11, e acabou encerrando os negócios em leve alta de 0,09%, cotado em R$ 3,7082. A elevação da moeda dos Estados Unidos no exterior ante as principais divisas de países desenvolvidos e emergentes ajudou a manter as cotações pressionadas aqui, sobretudo na parte da tarde, mesmo com a injeção de US$ 3,25 bilhões no mercado pelo Banco Central nesta segunda-feira. Os investidores aguardam eventos importantes pela frente, incluindo o histórico encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que começa nesta terça, 12, e deve ter nova alta de juros.

Seguindo a promessa de injetar US$ 20 bilhões no mercado até a sexta-feira, 15, o BC fez novo leilão extra de swap cambial hoje e injetou mais US$ 2,5 bilhões em dinheiro novo no mercado, além dos US$ 750 milhões que vem despejando diariamente. O leilão foi pela manhã e fez as cotações do dólar caírem em seguida, batendo a mínima em duas semanas (R$ 3,67) por volta do meio-dia. A moeda começou o dia em alta e chegou a bater em R$ 3,73 no início dos negócios.

Em entrevista hoje ao Broadcast, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, evitou adiantar a estratégia para o câmbio na próxima semana, quando terminar esse lote adicional de swap. "Nosso objetivo tem sido o de estabilizar o mercado de câmbio. Não temos qualquer problema em usar as reservas internacionais", disse ele.

Para o diretor de câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, após despencar 5% na sexta-feira, era natural esperar um dia de ajustes hoje no mercado cambial. Ele ressalta as declarações de Ilan ao Broadcast, de que pode usar se necessário, além dos swaps cambiais, instrumentos como os leilões de linhas e as reservas internacionais. Bergallo avalia que as ações do BC no Câmbio desde quinta-feira, 7, foram "contundentes", derrubando os preços do dólar e agora o mercado ajusta suas carteiras antes de eventos importantes desta semana e ainda com um pano de fundo de elevada indefinição nas eleições. Ontem, pesquisa do Datafolha mostrou que o cenário segue indefinido e um nome mais ao centro continua com dificuldade para decolar.

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