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Política

Forças Armadas têm 62 militares contaminados com o novo coronavírus

Informação foi obtida pelo 'Estado'; Ministério da Defesa não informa a distribuição dos contaminados.

Até o início da tarde desta terça-feira, 62 militares ativa das Forças Armadas tinham apresentado resultado positivo para a covid-19. A informação foi obtida pelo Estado junto ao Ministério da Defesa. A pasta não informa, no entanto, a distribuição das pessoas que foram contaminadas por força e nem o estado delas.

Os casos dos ministros o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, não estão computados entre esses 62 porque ambos já estão na reserva. Além desses dois, não há registro, até agora, de outros oficiais-generais que tenham sido contaminados.

Hoje, o ministro Heleno publicou nas redes sociais o resultado negativo do seu novo exame. Já o ajudante de ordens do presidente, major Mário César Cid, em seu terceiro exame, testou positivo novamente, e, embora esteja assintomático, continua em casa, de quarentena, por mais uma semana. O coronel Suarez, do GSI, que coordena todos os seguranças do presidente, também testou positivo de novo e se mantém afastado das funções.

Contaminação em navio

Na Marinha, um caso especial causou preocupação, na semana passada, quando o navio almirante Saboia atracou no porto do Rio de Janeiro com o seu comandante e o seu subcomandante comprovadamente contaminados com o covid-19. Segundo a Marinha informou ao Estado, os dois oficiais cumprem isolamento residencial, de acordo com os protocolos definidos pelos Ministérios da Saúde e da Defesa, tendo sua situação acompanhada regularmente pela Unidade Médica da Esquadra e estão se recuperando bem. Três outros militares apresentaram sintomas gripais, mas dois deles testaram negativamente e um terceiro está em isolamento, também em casa, aguardando o resultado do teste.

Os 240 militares da tripulação do navio saíram do Rio de Janeiro no dia 10 de março para uma viagem de apoio logístico às unidades da Marinha no sul do País. O navio atracou em Santos (SP), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS), na viagem que durou 13 dias. Ainda segundo a Marinha, os primeiros sinais da doença só foram detectados no caminho de volta e os que apresentavam os sintomas foram isolados a bordo, até chegarem ao Rio. Foram feitas triagem nos demais militares e, em seguida, a companhia de defesa nuclear, biológica, radiológica fez a limpeza e desinfecção do navio, que já está pronto para entrar em operação, caso seja necessário.

As Forças Armadas têm, na ativa, cerca de 360 mil homens e mulheres, sendo 215 mil no Exército, 80 mil na Marinha, 64 mil na Aeronáutica, distribuídos em todo o País. Outros casos já conhecidos nas forças além do ajudante de ordens do presidente, e do chefe dos seguranças e um de seus motoristas, são os três militares da Força Aérea que integravam a comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos, no início de março.

Dos 62 casos registrados nas três forças, o Ministério da Defesa informa que “todos cumpriram os protocolos estabelecidos e passam bem”. Depois de terem participado da primeira operação que repatriou um grupo de 34 pessoas que estava em Wuhan, na China, onde começou a pandemia, as Forças Armadas têm participado do resgate de brasileiros em vários outros países e desde o dia 19 de março deflagrou a Operação Covid-19, de apoio aos estados e municípios no combate ao coronavirus.

Esta operação nada tem a ver com as conhecidas missões de Garantia de Lei e da Ordem (GLO), onde os militares atuam nas ruas das cidades, com poder de polícia. Neste caso, eles estão ajudando na descontaminação de espaços públicos, controle de fronteiras e os laboratórios químicos das Forças Armadas aumentaram a produção de álcool em gel e de cloroquina. O Laboratório da FAB, por exemplo, produzirá mais de 1,2 mil litros de álcool em gel. A expectativa é aumentar a produção do produto para 8 mil litros.

Até o momento, a Operação Covid-19 conta com mais de 5,5 mil mulheres e homens da Marinha, do Exército e da Aeronáutica trabalhando. São cerca de 660 viaturas, 53 embarcações, três aeronaves estão sendo empregadas pelos 10 Comandos Conjuntos e pelo Comando Aeroespacial permanente. Em Foz do Iguaçu, no Paraná, em uma das missões, o Exército levou alimentos aos argentinos que não puderam regressar ao seu país.

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