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Gêmeos ameaçam policiais e afirmam que tem dinheiro para comprar a Justiça do Piauí

"Presos perigosos como é o caso de Alex e Alan, passam dez dias na triagem e só depois são transferidos para outras celas", detonou um agente que quer saber por que tanto privilégi

Imagem: ProparnaíbaClique para ampliarGêmeos Alan e Alex do Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba(Imagem:Proparnaíba)Gêmeos Alan e Alex no Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba
Os irmãos gêmeos Alan dos Santos Nunes e Alex dos Santos Nunes, 19 anos, presos e autuados em flagrante, no dia 29 de dezembro de 2010, na cidade de Parnaíba-PI, acusados de durante um assalto, atingir com cinco tiros de pistola, o estudante do curso de direito Wellyson Ernando Lima de Sousa, 21 anos, que é de Fortaleza-CE, mas que estava passando o final do ano de 2010, no Litoral do Piauí, em seus depoimentos, na Polícia, fizeram ameaças aos policiais que participaram de suas prisões e afirmaram que em um mês estariam em liberdade.

“Na Delegacia do 2º DP de Parnaíba-PI, os gêmeos Alan e Alex declararam em seus depoimentos que tinham dinheiro para comprar a Justiça e que em um mês estariam soltos e que era bom os policiais cuidarem de suas famílias”, relatou à nossa reportagem um agente penitenciário que pediu sigilo do seu nome.

Um fato que está deixando revoltados os agentes penitenciários que trabalham na Penitenciária Mista de Parnaíba, é que os gêmeos chegaram ao presídio ainda no dia 29 de dezembro de 2010, sendo recolhidos juntos com mais seis presos e antes da meia noite do dia 31 para o dia 1º de janeiro de 2011, a gerente adjunta do presídio, identificada por Hilda Neri fez uma ligação telefônica para o Chefe de Grupo de Plantão, Fernando Caldas determinando que ele retirasse Alan e Alex da triagem e os recolhessem em uma das celas onde fica preso com curso superior ou com algum problema psicológico, o que não é o caso dos irmãos gêmeos.

”Os gêmeos não têm nenhum curso superior, já respondem há mais de vinte processos por assaltos e tentativas de homicídios, nunca foram condenados nesses processos e a única formação dos dois é em bandidagem”, desabafou indignado um agente que trabalha no presídio de Parnaíba. “Geralmente, presos perigosos como é o caso de Alex e Alan, passam dez dias na triagem e só depois são transferidos para outras celas”, detonou um agente que quer saber por que tanto privilégio aos gêmeos.

Na cela onde se encontram os gêmeos foi retirado um preso que está com distúrbios psicológicos, o qual foi colocado em outra cela junto com outros quatro presos e ele acabou espancado, sendo que os agentes foram obrigados a recolhê-lo em outra cela. Os agentes penitenciários estão indignados porque os irmãos gêmeos assaltam desde adolescentes no Litoral do Piauí e até hoje não foram julgados e condenados e quando são presos, ainda são protegidos com privilégios.

O estudante do curso de direito Wellyson Ernando Lima de Sousa foi atingido com cinco tiros por volta das 14 horas do dia 29 de dezembro de 2010, ao reagir a um assalto, na cidade de Parnaíba-PI, a 319 km da Capital do Piauí (Teresina). Wellyson Lima mora em Fortaleza-CE e estava em Parnaíba, no Piauí, como turista. Ele foi passar a virada do ano no Litoral do Piauí, acompanhado da família. O estudante do curso de direito ainda se encontra em estado de saúde bastante grave com uma bala alojada no fígado e foi transferido em um avião, do Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, para um Hospital de Teresina, podendo a qualquer momento ser levado para um Hospital de São Paulo. O estudante Wellyson Lima estava em uma casa no Bairro Pindorama, acompanhado do pai e de um irmão, quando três homens chegaram e anunciaram um assalto. Na ocasião, Wellyson estava deitado e os bandidos conseguiram amarrar o seu irmão Wesley, 20 anos, quando então, ele se levantou e reagiu contra os assaltantes, acabando por ser atingido com cinco tiros e os acusados fugiram sem levar nada. Policiais de Parnaíba e de Luís Correia fizeram várias diligências e conseguiram localizar e prender os irmãos gêmeos como dois dos acusados que teriam participado do assalto.

A Polícia encontrou com os gêmeos, uma pistola 7.65 com cinco munições intactas. O policial civil Astrogildo Fernandes afirma que os projéteis encontrados no local do assalto, no Bairro Pindorama são de pistola 7.65. O terceiro acusado envolvido no assalto em que o turista de Fortaleza saiu baleado gravemente é identificado por Jhonny Alves de Sousa, vulgo Jhonny Penela, que se encontra foragido portando outra pistola.

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