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Economia e Negócios

Governo autoriza contratação adicional de energia termelétrica para o Amapá

Com a medida, o governo ampliou o volume de energia autorizado para contratação para até 120 MW.

O governo decidiu contratar até 60 MW adicionais de energia de termelétricas para atender o Amapá, que enfrentou apagão por quase quatro dias após o incêndio em uma subestação e racionamento até que os reparos sejam concluídos. A decisão foi tomada em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada nesta segunda-feira, 16. Com a medida, o governo ampliou o volume de energia autorizado para contratação para até 120 MW.

“Esse montante adicional visa agregar maior disponibilidade de recursos para atendimento à demanda do Estado do Amapá e aumentar a confiabilidade, evitando, portanto, o prolongamento do risco de suprimento apenas parcial à localidade”, informou o MME.

No início do mês, um apagão deixou 14 de 16 municípios sem luz no Amapá. Agora, a população do Estado enfrenta um racionamento até que um segundo transformador possa entrar em operação, o que está previsto para o dia 26.

Em relação ao restante do País, o CMSE informou que as chuvas ainda estão abaixo da média histórica nas principais bacias da região Sudeste/Centro-Oeste e que os armazenamentos das hidrelétricas continuam próximos ou inferiores aos níveis observados no ano passado, principalmente no Sul.

“Nesse contexto, o colegiado destacou a importância de se manter a adoção das medidas excepcionais atualmente vigentes para a menor degradação dos armazenamentos dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas e manutenção da governabilidade das cascatas”, disse o MME.

O Comitê já havia decidido, em 16 de outubro, adotar medidas como o acionamento de térmicas fora da ordem de mérito e a importação de energia a partir da Argentina ou do Uruguai para reduzir a geração hidráulica na região Sul.

“Além disso, foram apresentadas diversas outras ações em curso ou em avaliação, que visam ao aumento das disponibilidades energéticas no Sistema Interligado Nacional (SIN), dentre as quais a reprogramação de manutenções em unidades geradoras, ações para o aumento da disponibilidade plena de combustível para a geração das usinas térmicas e avaliações quanto à flexibilização de restrições hidráulicas existentes”, disse o MME.

Em relação à hidrelétrica de Furnas, o CMSE aprovou a operação da usina abaixo da cota de 756 metros, “limiar estabelecido na regra operativa vigente para o início da operação da usina a fio d’água, condição que implicaria em perdas energéticas da ordem de 3.300 MWmed”. A decisão foi aprovada “apesar dos prejuízos advindos da violação de regra operativa”, pois a quantidade de água que chega aos reservatórios da região está entre as piores da história.

“Dessa maneira, considerando as atuais condições adversas de atendimento eletroenergético, o Operador apresentou ao CMSE proposta contemplando a necessidade de operação do reservatório da usina hidrelétrica (UHE) Furnas abaixo da cota 756 m, com a manutenção da operação da UHE Mascarenhas de Moraes a fio d’água a partir da cota 656,7 m nesta usina”, disse o MME.

“Assim, o tema será comunicado à Agência Nacional de Águas (ANA), bem como ao fórum que acompanha o tema, para que seja garantida a devida transparência quanto à motivação apresentada pelo Operador. Além disso, o ONS deverá reavaliar a estratégia operativa a ser adotada para este período úmido, ou seja, entre dezembro de 2020 e abril de 2021, e apresentar aos demais atores envolvidos.”

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