O juiz Washington Luiz Gonçalves Correia, da 8ª Vara Criminal de Teresina, negou pedido de revogação da prisão preventiva de Vinicius Alves da Silva acusado de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) praticado contra o servidor do Tribunal de Justiça do Piauí, Francisco das Chagas Campelo e Silva, em agosto de 2019. A decisão foi dada no último dia 3 de setembro.
A defesa do acusado alegou que ele tem direito a revogação da prisão em razão de não estarem presentes os requisitos ensejadores da referida prisão. Já o Ministério Público opinou pelo indeferimento do pedido.
- Foto: Divulgação/PM-PIVinicius Alves da Silva
O magistrado destacou na decisão que a materialidade e indícios são suficientes para confirmar a autoria contra o acusado que responde ainda a outros processos criminais.
“Cumpre-me ressaltar que se trata de crime de alta potencialidade, pois o réu está sendo acusado pela prática do crime de latrocínio, cuja as penas autorizam a decretação da prisão preventiva, nos moldes do art. 313, inciso I, do Código de Processo Penal”, afirmou o juiz que indeferiu o pedido.
Relembre o caso
O analista judiciário do Tribunal de Justiça do Piauí, Francisco das Chagas Campelo e Silva, de 54 anos, foi assassinado com dois tiros durante um assalto na noite de 28 de agosto de 2019, no bairro Tancredo Neves, zona sudeste de Teresina.
A vítima estava com um amigo em um trailer no Tancredo Neves, quando dois bandidos chegaram e anunciaram o assalto. Um dos criminosos rendeu o amigo de Francisco das Chagas e ele acabou reagindo ao assalto, sendo alvejado com dois tiros.
- Foto: Arquivo Pessoal/DivulgaçãoFrancisco das Chagas Campelo e Silva foi morto durante um assalto
Após o crime os bandidos pegaram a Hilux da vítima, mas logo depois o veículo parou de funcionar pois tem um sensor de travamento de segurança. Os bandidos então fugiram a pé. A Polícia Militar prendeu no mesmo dia Vinicius Alves da Silva no bairro Morada Nova. Quando os policiais fizeram uma revista no criminoso, encontraram com ele um revólver calibre .32, com seis munições.
O segundo criminoso foi identificado como Ígor Araújo Sousa, que ainda não foi preso e havia saído da Colônia Agrícola Major César, no mesmo dia no crime.
Francisco das Chagas era casado e deixou três filhos. Ele morava no Bela Vista e trabalhava no juizado especial que está localizado no seu bairro.
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