Fechar
GP1

Araripina - Pernambuco

Marielle Franco é homenageada na segunda noite de desfiles no Rio

A Verde e Rosa fez uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

A segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro foi marcada pela emoção e pela crítica social. As duas escolas de samba de maior torcida, Mangueira e Portela, arrebataram o público - a Verde e Rosa com uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, e a Portela cultuando a cantora Clara Nunes (1942-1983).

O desfile que mais comoveu a plateia foi da Mangueira, que contou uma "nova" história do Brasil, reverenciando heróis populares em detrimento das personalidades que constam dos registros históricos. Dom Pedro I foi retratado com roupa de presidiário, enquanto índios e negros que lideraram revoltas contra a escravidão foram cultuados. Marielle foi homenageada na abertura e no encerramento.

A Portela cultuou Clara Nunes, contando sua infância em Minas, sua religiosidade e sua ligação com Madureira, berço da escola azul e branca. A Vila Isabel homenageou Petrópolis, enquanto a Mocidade discorreu sobre o tempo. A União da Ilha usou a vida e obra dos escritores Jose de Alencar e Rachel de Queiroz para homenagear o Ceará.

  • Foto: Gilson Borba/Futura Press/Estadão ConteúdoMônica Benício, esposa de Marielle Franco, durante desfileMônica Benício, esposa de Marielle Franco, durante desfile

A Vila Isabel também fez bela exibição, mas foi a única das 14 agremiações a descumprir o limite de tempo: seu desfile durou 76 minutos, o que fará a escola perder 0,1 ponto, obrigatoriamente, já no início da apuração, que vai ocorrer na tarde desta quarta-feira (6).

União da Ilha e Mocidade estiveram parelhas, com qualidade inferior às três outras. São Clemente fez um desfile divertido, porém bastante simplório, e a Paraíso do Tuiuti teve problemas com dois carros alegóricos e deve perder pontos em quesitos como alegorias e adereços, evolução e harmonia.

A São Clemente reeditou um enredo de 1990 para criticar a comercialização dos desfiles das escolas de samba e as mudanças impostas pelo poder financeiro. Vice-campeã em 2018, a Paraíso do Tuiuti contou a história do bode Ioiô, eleito vereador em Fortaleza em 1922, como resultado de um protesto popular. A escola decepcionou não com o enredo, mas com problemas nos carros alegóricos - um deles precisou ser parcialmente desmontado a poucos metros da pista do sambódromo.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.