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México oferece asilo político para o ex-presidente Evo Morales

A embaixada mexicana em La Paz deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Evo nos últimos dias.

O México ofereceu asilo político ao ex-presidente Evo Morales, que renunciou à presidência da Bolívia neste domingo, 10. A embaixada mexicana em La Paz deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Evo nos últimos dias, informou o chanceler mexicano Marcelo Ebrard.

"O México, conforme sua tradição de asilo e não intervenção, recebeu 20 personalidades do Executivo e do legislativo da Bolívia na residência oficial em La Paz, de modo que ofereceríamos asilo também a Evo Morales", escreveu Ebrard em sua conta no Twitter.

Em uma mensagem anterior, Ebrard denunciou que na Bolívia "há uma operação militar em curso" e classificou o ocorrido de "golpe".

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, elogiou Evo no Twitter por ter renunciado para apaziguar a conturbada situação na Bolívia, abalada por manifestações opositoras, um motim de policiais e o pedido de militares para que renunciasse.

"Reconhecemos a atitude responsável do presidente da Bolívia, Evo Morales, que preferiu renunciar a expor seu povo à violência", escreveu López Obrador.

Obrador disse que em sua coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira dará uma posição mais ampla sobre a situação na Bolívia. Pela manhã, em um vídeo nas redes sociais, havia apoiado as novas eleições convocadas por Evo.

No poder desde 2006, Evo Morales era o presidente latino-americano há mais tempo no poder. Ele renunciou após uma escalada de tensão desde 20 de outubro, quando venceu as eleições sob acusações de fraudes. A Organização dos Estados Americanos (OEA), que fez uma auditoria no processo eleitoral, afirmou haver numerosas irregularidades no processo eleitoral.

Na manhã de domingo, Evo havia anunciado que convocaria novas eleições. Mas no fim da tarde, menos de uma hora depois de ele perder o apoio das Forças Armadas, comunicou a renúncia.

“Eu me demiti do cargo de presidente para que não continuem perseguindo os líderes sociais. Não queremos confrontos”, afirmou Evo, ao dizer que pretendia, com seu ato, a “pacificação” e a “volta da paz social” ao país.

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