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Operação “Câmbio, desligo” prende doleiros dos anos 2000

A PF cumpriu 50 mandados de prisão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e também no Uruguai e Paraguai.

A operação “Câmbio, desligo”, desdobramento da Operação Lava Jato, cumpriu mandados de prisão preventiva contra doleiros da década de 2000. Na manhã desta quinta-feira (3) foram cumpridos 50 mandados de prisão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e também no Uruguai e Paraguai. As prisões foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas.

A operação é sobre uma “organização criminosa especializada na prática de crimes financeiros e evasão de divisas, responsável por complexa estrutura de lavagem de dinheiro transnacional, ocultação e ocultação de divisas”.

A força-tarefa confirmou um total de 33 presos. Foram 13 presos no Rio de Janeiro, cinco no Rio Grande do Sul, oito em São Paulo, dois no Distrito Federal, dois em Minas Gerais e outros três no Uruguai. Em delação, o doleiro Alberto Youssef apontou Dario Messer como o líder da organização criminosa, chegando a afirmar que ele era o “doleiro de doleiros”, dando suporte a outros membros do grupo.

Confira alguns dos alvos da operação

Marco Matalon

O doleiro Marco Matalon, que também foi alvo da operação Satiagraha, em 2008, é um dos alvos da operação “Câmbio, desligo”. Segundo delação do doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, a família movimentou cerca de R$ 100 milhões entre os anos de 2011 e 2017.

“A família Matalon é tradicional família de doleiros líderes do mercado de câmbio ilegal em São Paulo, desde a década de 1990, capitaneada pelo patriarca Marco Matalon, e composta por seu filho Ernesto Matalon, sua sobrinha Patrícia Matalon e a funcionária Bella Skinazi”, diz Bretas na decisão.

Marco Antônio Cursini

O doleiro Marco Antônio Cursini já foi alvo de outra operação e assinou acordo de delação, dando origem a operação Castelo de Areia, que posteriormente doi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça.

“Segundo os colaboradores, Marco Antônio Cursini era representado pelo apelido Masita nos bancos de dados ST e BANKDROP, assim, somente entre os anos de 2011 a 2017 as operações envolvendo os investigados totalizaram a astronômica cifra de US$ 33.000.000,00 (trinta e três milhões de dólares)”, diz o despacho.

Raul Srour

O doleiro Raul Srour, preso na primeira fase da Lava Jato, em 2014, também é avo da operação da PF.

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