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Policiais vão atuar disfarçados no concurso público do MP-PI

O procurador-geral Cleandro Moura e o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, afirmaram que não vão permitir que pessoas com conduta suspeita entrem na instituição.

A Polícia Civil montou uma grande ação de fiscalização com o objetivo de coibir qualquer fraude ao concurso do Ministério Público do Estado do Piauí que será realizado neste domingo (23). Agentes vão estar disfarçados e candidatos envolvidos em fraudes de outros concursos estão sendo monitorados. Mais de 16 mil pessoas vão fazer as provas objetivas para provimento dos cargos de Analistas e Técnico Ministerial.

Nesta quarta-feira (19), o procurador-geral do Ministério Público do Piauí, Cleandro Moura, e o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, afirmaram que não vão permitir que pessoas com conduta suspeita entrem na instituição. Como no ato da inscrição não pode ser proibida a participação de pessoas que são investigadas pela Justiça, somente quando chega na etapa da investigação social é que ocorre esse tipo de análise, foi então reforçado o policiamento para evitar qualquer tipo de fraude na realização da fraude.

  • Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Mesa de Honra Mesa de Honra

“É importante deixar claro que não há impeditivo legal para que ele [acusado de fraude] se inscreva. Ele se inscreve e pretende passar no concurso e o que estamos fazendo é adotando procedimentos preventivos, se houver cometimento de um ato fraudulento vai haver repreensão e vamos buscar a condenação. Só que há um outro momento [no concurso] que é a investigação social, onde esse candidato que foi aprovado envolvido em fraude, será excluído”, informou o procurador Cleandro Moura.

  • Foto: Bárbara Rodrigues/GP1Cleandro MouraCleandro Moura

O delegado Riedel Batista preferiu não citar a quantidade de pessoas que estão sendo monitoradas, mas ele informou que entre 150 a 200 policiais civis vão atuar disfarçados no dia da prova ou no serviço de inteligência, sob orientação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Quem já foi acusado ou investigado por fraude em concurso no Brasil será monitorado de perto pela Polícia Civil no dia da aplicação da prova. “Nós estamos acompanhando desde o momento da inscrição. A inteligência está monitorando pessoas que sejam investigadas, indiciadas denunciadas ou processas pela Justiça e que estejam inscritos no concurso. Nada impede a inscrição dessas pessoas, mas saibam que nós estamos acompanhando elas. Não podemos dizer a quantidade de pessoas, mas vamos estar acompanhando elas de perto no dia da prova. A intenção é impedir qualquer tipo de fraude. Qualquer tentativa será abortada e a pessoa será presa imediatamente. Há vários meses está sendo feito esse trabalho de investigação”, informou o delegado.

  • Foto: Bárbara Rodrigues/GP1 Riedel Batista Riedel Batista

Riedel Batista ainda destacou que muitas organizações criminosas atuam em vários estados. “Esses grupos criminosos atuam em todo o Brasil, então essa medida de combate é para evitar que eles consigam entrar em uma instituição séria como o Ministério Público. Temos informações de todo o Brasil sobre pessoas que são investigadas e indiciadas por fraude. Os grupos criminosos atuam de todas as formas, antes, durante e até após o concurso. Em relação aos últimos 15 concursos realizados no Piauí, temos 120 pessoas que foram indiciadas por fraudes em concurso”, esclareceu.

Atenção sobre o celular

O delegado Riedel Batista e o procurador Cleandro Moura informaram que não é permitido a entrada de celular no local de prova, mesmo que ele esteja desligado, já que é possível ainda receber informações. Qualquer pessoa que for encontrada com o celular não poderá fazer a prova.

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