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Presidente Jair Bolsonaro avalia três nomes para vagas no Cade

Com seis vagas disponíveis para preencher no órgão neste ano, presidente quer que algumas das indicações sejam de pessoas próximas a ele.

Os economistas Pedro Florencio e Fernando Meneguin e o advogado Marcos Geich estão entre os nomes avaliados pelo presidente Jair Bolsonaro para serem indicados para vagas no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast.

Com seis vagas disponíveis para preencher no órgão neste ano, Bolsonaro quer que algumas das indicações sejam de pessoas próximas a ele e já estaria na reta final para a decisão. Pelo menos duas vagas seriam preenchidas a partir de indicações do Senado, como mostrou o Estadão/Broadcast na semana passada, um acordo para agradar os senadores em um momento em que eles avaliarão a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador nos Estados Unidos.

O procurador de Justiça Arnaldo Hossepian, atual conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e o economista-chefe do Cade, Guilherme Resende, também estão na lista de cotados para cargos no órgão.

Responsável por analisar fusões e julgar cartéis, o Cade está sem quórum e paralisado. Quatro vagas estão abertas para o cargo de conselheiro. Outras duas vagas ainda serão abertas este ano, para superintendência-geral e para a procuradoria-geral.

Há chances de o atual procurador-geral Valter Agra, ser reconduzido, mas Bolsonaro ainda estaria avaliando se renova o mandato do atual superintendente-geral, Alexandre Cordeiro, ou se indica alguém do grupo próximo a ele para o cargo. Todos os indicados têm que passar por sabatina e serem aprovados pelo Senado antes da nomeação.

Candidatos

Florencio é atualmente subchefe adjunto da Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Servidor público concursado, é economista pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em direito pelo Centro Universitário de Brasília (Ceub) e tem mestrado e doutorado pela Universidade de Warwick (Reino Unido). Próximo do secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, Florencio seria uma escolha do grupo próximo a Bolsonaro.

Marcos Goeich também seria uma escolha do grupo do presidente. Ele é sócio de um escritório de advocacia no Rio de Janeiro e atua na área de fusões e aquisições. Tem mestrado pela Universidade Católica Portuguesa e é formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Já Meneguin seria um nome indicado por senadores - ele é consultor legislativo do Senado e atualmente é diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. É graduado em Matemática, mestre e doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-doutor em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O nome de Hossepian também seria uma indicação de senadores, segundo fontes. Ele é atualmente conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está no segundo mandato, que termina no início de outubro. Seria próximo ao conselheiro Henrique Ávila, que foi indicado pelo Senado ao cargo com apoio de partidos do centrão.

Procurador do Ministério Público de São Paulo há 33 anos, construiu sua carreira no direito penal - a falta de experiência na área do direito econômico e concorrencial foi citada por advogados ouvidos pelo Broadcast. É mestre em Direito Penal pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), especialista em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em Direito também pela USP.

Já Resende, como mostrou o Estadão/Broadcast na semana passada, é uma ?solução caseira? e teria sido escolhido pela equipe de Guedes. Ele é economista-chefe do Cade e atuou como consultor informal da área de concorrência durante a campanha de Bolsonaro. Ele é PhD em Economia Regional pela London School of Economics and Political Science (LSE) e mestre em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É graduado em economia, direito e administração de empresas e é pesquisador concursado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) desde 2004.

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