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Economia e Negócios

Rafael Fonteles diz que 13º salário vai injetar R$ 1 bilhão no Piauí

"O Estado do Piauí ainda é muito dependente do poder público, então quando o Estado funciona bem, a roda da economia gira melhor", declarou o secretário estadual da Fazenda.

O secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, durante entrevista ao Jornal Agora, da TV Meio Norte, na tarde desta terça-feira (18), afirmou que a segunda parte do 13º salário deverá ser pago até o final dessa semana e destacou a proposta de redução de gastos para o equilíbrio financeiro em 2019.

De acordo com Fonteles, todo o valor pago aos servidores, nos últimos 45 dias, vai injetar quase R$ 1 bilhão na economia piauiense: “Começou hoje, dia 18, as primeiras faixas salariais e seguem até o final dessa semana, completando toda essa segunda metade do 13º salário, totalizando R$ 156 milhões na folha líquida. Se eu pegar os últimos 45 dias dá quase R$ 1 bilhão, que é dinheiro que circula na economia. O Estado do Piauí ainda é muito dependente do poder público, então quando o Estado funciona bem, a roda da economia gira melhor e favorece também a arrecadação, obviamente”, afirmou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Rafael FontelesRafael Fonteles

Para Rafael, garantir o pagamento dos salários dos servidores não deveria ser considerado nenhuma ‘anormalidade’: “Concordo que pagar salário é obrigação e não era pra ser nenhum tipo de notícia importante, isso ocorre porque num momento de crise econômica, política e fiscal termina virando uma notícia quando você tem a grande maioria dos municípios e boa parte dos estados sem conseguir honrar a tabela de pagamentos”, explicou.

O secretária ainda destacou a programação financeira para o próximo ano: “Estamos elaborando uma proposta para apresentar ao governador, justamente, porque o ano de 2019, na nossa visão, ainda é uma grande incógnita, não sabemos, apesar de torcer para o sucesso da política econômica, não sabemos se ela logrará êxito nas negociações junto ao Congresso, por exemplo, a reforma da previdência é algo essencial para o sucesso econômico do Governo, mas isso não depende apenas da intenção do ministro ou do presidente eleito, mas de toda articulação junto ao Congresso Nacional, por exemplo, fora eventuais ações judiciais que podem acontecer durante o processo, então temos que ter muita cautela”, declarou.

No entanto, ele acredita que haverá uma recuperação na econômica: “Considerando que vai ser um ano muito difícil do ponto de vista fiscal deverá até haver um início de recuperação econômica, mas do ponto de vista fiscal, considerando a receita e despesa, ainda vai ser um ano muito difícil, até porque os estados e municípios têm passivos acumulados, então tem que dá conta do corrente e ainda dos passivos, obviamente, que essa vai ser a prioridade, diminuir esses passivos pra voltar pra situação de mais conforto”.

Rafael confirmou que não haverá, pelo menos nos seis primeiros meses de 2019, novos concursos e contratações: “Permanece até que tenhamos uma situação de equilíbrio, pelo menos esse é o parecer do governador, claro que podem ter pequenas exceções em função de alguma questão excepcional, mas a regra geral é da suspensão desse aumento de despesa com pessoal. Questão de reajuste, de contratações, tudo isso tem que ser adiado para o momento de um cenário fiscal mais favorável, de no mínimo 6 meses”.

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