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Robert Rios pede perícia no celular do senador Ciro Nogueira

Robert concedeu a declaração logo depois de prestar depoimento na sede da Polícia Federal devido a um processo movido contra ele pelo senador.

O ex-deputado estadual Robert Rios Magalhães revelou ao GP1, na manhã desta quarta-feira (07), que seu advogado apresentou requerimento solicitando à Polícia Federal que seja feita uma perícia no aparelho celular do senador Ciro Nogueira. Robert concedeu a declaração logo depois de comparecer à sede da instituição, em Teresina, para depor em ação ajuizada contra ele pelo senador.

De acordo com Rios, Ciro o acusou de tê-lo atacado no período eleitoral do ano passado usando as redes sociais quando os dois disputavam uma vaga no Senado Federal. Em resposta, o ex-deputado afirmou que também foi agredido pelo senador e que para provar, pediu a quebra dos sigilos telefônicos.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Robert Rios Robert Rios

“[O depoimento] Era uma denúncia do Ciro da campanha eleitoral dizendo que eu ofendia ele nas redes sociais. Apresentamos requerimento pedindo perícia no telefone dele e no meu. Eu xinguei ele e vou continuar. Eu chamo ele de ladrão. Tenho várias mensagens diretamente dele me ofendendo, me chamando de bosta, de comida de porca, me humilhado, chamando de liso. Ele administrava até um grupo pornô no WhatsApp dele, ele chegou a me colocar e me tirou depois”, disparou Rios.

Pedido

O advogado Alessandro Magno argumentou na solicitação que a utilização das mais variadas plataformas livremente disponíveis na internet, notadamente as redes sociais e aplicativos de mensageria (em especial o Whatsapp), facilita a prática de crimes cometidos no ambiente real.

Segundo o advogado, Ciro utilizou o Whatsapp para atacar o ex-deputado. "Foi exatamente o que fez o representante (Senador Ciro Nogueira), ao utilizar-se do aplicativo Whatsapp para atacar a dignidade e a reputação de Robert Rios Magalhães, como se vê das capturas de tela (screenshots)", afirmou.

Consta ainda que "antigamente, os delitos contra a honra eram executados, verbalmente ou por escrito. Atualmente, e-mails, redes sociais, serviços de mensageria e aplicativos com anonimato são ofertados, de forma gratuita, como ferramentas para atacar a honra subjetiva e/ou objetiva de terceiro".

De acordo com o advogado, é através da análise pericial dos aparelhos celulares do senador em especial daqueles em que estavam ou estão instalados o aplicativo Whatsapp e outros aplicativos de mensageria, que se poderá comprovar que Robert Rios não praticou qualquer crime contra a “honra” de Ciro ou que apenas reagiu à reprovável provocação sua ou retorquiu, de forma imediata, às injúrias do senador.

No pedido, é enfatizado que caso o senador se negue a entregar os aparelhos que seja representado à autoridade judicial competente pela concessão da busca e apreensão dos dispositivos e pela quebra do sigilo telefônico e de dados, de toda e qualquer linha telefônica cadastrada no CPF de Ciro, inclusive, com emissão de bilhetagem reversa e localização de ERBs.

Ao final também foi requisitada a quebra de sigilo telemático do senador a fim de comprovar que o representado não praticou crime nenhum.

Volta à PF

Robert voltou a dizer que está analisando com cautela a possibilidade de retornar aos quadros da Polícia Federal, de onde se aposentou há quase cinco anos. “Tenho até o dia 15 de setembro para tomar essa decisão. Mas, posso dizer que estou tentado a voltar”, admitiu ele.

Confira a perícia:

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