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'Se tiver algo errado, que paguemos', diz Bolsonaro sobre Coaf

O caso envolve depósitos em espécie recebidos por Fabrício José Carlos de Queiroz, que trabalhava no gabinete de Flávio na Alerj.

Em uma transmissão de vídeo nas redes sociais, o presidente eleito Jair Bolsonaro ressaltou que ele e seu filho, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), não são investigados no caso em que movimentações financeiras "atípicas" de um ex-motorista foram identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O caso envolve depósitos em espécie recebidos por Fabrício José Carlos de Queiroz, que trabalhava no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O presidente eleito disse ainda que qualquer envolvido, inclusive ele, deve pagar a "conta" caso alguma irregularidade seja comprovado. "Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos a conta desse erro, que nós não podemos comungar com o erro de ninguém", disse o presidente eleito. "Aconteça o que acontecer, enquanto eu for presidente nós vamos combater a corrupção com todas as armas do governo, inclusive o próprio Coaf."

  • Foto: Jose Lucena/Futura Press/Estadão ConteúdoJair BolsonaroJair Bolsonaro

Ele disse que está "aberto" a qualquer pergunta do público sobre o caso. "Dói no coração da gente? Dói, porque nossa maior bandeira é o combate à corrupção."

A transmissão é a primeira de Bolsonaro em um mês em sua página oficial no Facebook. O presidente eleito assumiu com a promessa de dar prioridade à comunicação por meio das redes sociais e, na live desta quarta-feira (12) disse que a partir desta semana fará transmissões semanais. Bolsonaro também comentou temas como multas ambientais, o Acordo Climático de Paris e a saída do Pacto Global de Migração - anunciada nesta semana.

Migração

Sobre a saída do pacto migratório, Bolsonaro disse que não poderia "escancarar" a entrada de imigrantes "com uma cultura completamente diferente" no Brasil. Ele argumentou contra uma "cota migratória" e disse que países da Europa teriam a intenção de "se livrar" de imigrantes indesejados.

"Não podemos admitir deixar chegar gente de uma determinada cultura e quererem se casar com nossas filhas e netas de 10, 11 ou 12 anos de idade. Porque isso é cultura deles", disse Bolsonaro, sem especificar nacionalidades. "Não podemos, aqui, escancarar a porta para que quem quiser venha numa boa, inclusive com uma cultura completamente diferente."

Ele lembrou que é descendente de imigrante italianos, mas deu a entender que processos migratórios anteriores teriam ocorrido antes da formação de uma "nação". "A minha família mesmo é de imigrantes italianos, como todos nós aqui somos", disse. "Mas tem um detalhe: (hoje) nós já somos uma nação, uma pátria, somos um país."

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