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Sebrae e SEAF realizam o Workshop Nacional do Pangasius no Piauí

Evento acontece amanhã (12) no auditório do Sebrae em Teresina.

Acontece amanhã (12) o Workshop Nacional do Pangasius – Edição Piauí, no qual serão discutidos assuntos relacionados à criação e ao mercado dessa espécie de peixe. O evento terá início às 8h00 no auditório do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, em Teresina.

O objetivo do workshop é capacitar os piscicultores, por meio do repasse de informações importantes para a profissionalização do agronegócio aquícola no Estado do Piauí e região, além de promover o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva e para a promoção de negócios.

“A inovação tecnológica contribui para o incremento da produtividade e competitividade no setor aquícola. À medida que os piscicultores têm acesso a essas ferramentas, novos negócios podem surgir. E o cultivo de Pangasius ou Panga tem se mostrado uma alternativa viável e de grande potencial de mercado. Por isso, a importância de apresentarmos as vantagens dessa espécie para os piscicultores piauienses”, afirma o analista do Sebrae no Piauí, João Pinheiro.

Ainda segundo Pinheiro, a rentabilidade com o cultivo do Panga é bem maior se comparado a outras espécies. “No Piauí, em um hectare de lâmina de água são produzidas cerca de 10 toneladas de tambaqui por ano. Nesse mesmo espaço, se adotadas novas tecnologias de produção e manejo, é possível ampliar de três a cinco vezes essa quantidade com o cultivo de Pangasius”, destaca.

Além de piscicultores, são esperados no evento técnicos, pesquisadores, estudantes e demais pessoas interessadas na temática da aquicultura, bem como empreendedores e empresários dos segmentos de ração, máquinas e equipamentos e assistência técnica.

“Já temos mais de 200 pessoas inscritas, o que demonstra que a temática do workshop é bastante atual. Será um dia inteiro de muita informação e conhecimento sobre histórico e perspectivas da aquicultura, mercado nacional aquícola, desafios nutricionais para peixes exóticos, licenciamento ambiental para o cultivo do Panga, e mitos e verdades sobre o manejo produtivo desta espécie”, explica Pinheiro.

Atualmente o Piauí ocupa a 14ª posição no ranking nacional de peixes cultivados, sendo o 3º maior produtor do Nordeste. De acordo com levantamento da Peixe BR, o município de Guadalupe, no sul do Estado, está entre os dez maiores produtores de tilápia do Brasil, o que demonstra o enorme potencial do Piauí para o cultivo de peixes em tanques redes e viveiros escavados.

O Workshop Nacional do Pangasius – Edição Piauí é uma realização do Sebrae no Piauí em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, contando com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba, Codevasf; Universidade Federal de São Carlos; Conselho Regional de Medicina Veterinária; Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB/PI; Empresa Colpani; Associação Brasileira de Criadores do Pangasius; Empório Pescado; e Cooperativa de Pescado Vale do Parnaíba.

A ESPÉCIE PANGA

Panga é o nome adotado para a espécies Pangasius hypophthalmus, que vêm sendo cultivada no Brasil desde 2016. Com um preço acessível, além de uma carne macia e sem espinhos, o Panga é bem aceito não só no mercado nacional, mas também em centenas de outros países. A espécie vietnamita é exportada para mais de 138 países, incluindo mercados exigentes como Estados Unidos, União Européia, Canadá e Austrália.

Do ponto de vista zootécnico, o Panga é uma excelente espécie para aquicultura, em razão de suas características, tais como: respiração aérea facultativa, diminuindo a dependência por oxigênio dissolvido na água e permitindo altas densidades de estocagem; possibilidade de atingir mais de um quilo em apenas seis meses; e alto rendimento de filé, que pode ser de até 50% do peso total.

Em razão da facilidade de manejo, reprodução em cativeiro e grande quantidade de filé extraído, o cultivo pode proporcionar aumento de rentabilidade no setor. O Estado de São Paulo foi o primeiro a regularizar o cultivo da espécie, através do Novo Decreto Paulista. Ressalta-se que a permissão é somente para cultivo em viveiros escavados ou de alvenaria, ou seja, a espécie não pode ser criada em tanques-rede.

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