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Servidores do Ibama são presos por desviar madeira em Cuiabá

Dupla foi flagrada no momento em que cobrava R$ 20 mil pelo serviço.

A Polícia Federal prendeu, em flagrante, dois servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que estavam tentando tirar R$ 20 mil do vice-prefeito de Cláudia, a 608 km de Cuiabá, para liberar parte da madeira apreendida pelo órgão ambiental nas últimas semanas na região.

Os dois eram técnicos ambientais emprestados do Ibama do Ceará e estavam em Mato Grosso há cerca de 35 dias atuando na operação Verdes Veredas que acontece na região médio norte do Estado desde fevereiro. Os presos serão submetidos a processo administrativo disciplinar que será instaurado pela Corregedoria Geral do órgão.

A denúncia contra os servidores foi sido feita pelo próprio Ibama em Sinop. Nas apurações, a PF descobriu que a carga seria "especificamente de madeira com alto valor". A carga apreendida era desviada e levada para uma madeireira da região.

Durante as investigações foi instalada uma câmera dentro do Gabinete do Prefeito de Cláudia. Dupla foi flagrada no momento em que cobrava R$ 20 mil pelo serviço.

De acordo com o delegado de Polícia Federal, Rômulo Rodovalho Gomes, os servidores públicos foram presos pelo crime de corrupção passiva, cuja pena é de dois a 12 anos de reclusão. Após serem ouvidos e autuados no Artigo 317 do Código Penal (crime de corrupção passiva), foram encaminhados ao Presídio Ferrugem, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Outros casos. Mato Grosso registrou outros casos de prisões de servidores por corrupção. Em 2005, durante a operação Curupira, foram presos 28 servidores envolvidos na venda de ATPF, liberação de créditos. No início de 2011, um servidor do órgão em Cuiabá, foi preso tentando cobrar propina de uma empresária para providenciar "a suspensão de embargo" de uma propriedade dela. Todos eram do Ibama de Mato Grosso.

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