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Política

“Somos um partido ou uma seita?", questiona Palocci ao PT

Afirmou ainda que foi um “choque” ter visto o ex-presidente “sucumbir ao pior da política, nos melhores momentos do seu governo”.

O ex-ministro Antônio Palocci encaminhou uma carta ao Partido dos Trabalhadores (PT), nesta terça-feira (26), direcionada a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, onde pede a sua desfiliação e faz ataques ao PT. Na carta ele chega a questionar se o Partido dos Trabalhadores é uma seita.

Ele também fez várias críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do 'homem mais honesto do país' enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto (!!!) são atribuídos à Dona Marisa? Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?", questionou.

Confira aqui a nota na íntegra.

  • Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão ConteúdoAntonio Palocci Antonio Palocci

Afirmou ainda que foi um “choque” ter visto o ex-presidente “sucumbir ao pior da política, nos melhores momentos do seu governo”. Ele disse acreditar que “o próprio Lula irá confirmar tudo isso, como chegou a fazer com o 'mensalão', quando, numa importante entrevista concedida na França, esclareceu que as eleições do Brasil eram todas realizadas sob a égide do caixa dois, e que era assim com todos os partidos”.

Palocci disse assumir a responsabilidade pelos crimes que cometeu. “Depurar e rejuvenescer o partido será tarefa para nossos novos e jovens líderes. Minha geração talvez tenha errado mais do que acertado. Ela está esgotada. E é nossa obrigação abrir espaço a novas lideranças, reconhecendo nossas graves falhas e enfrentando a verdade. Sem isso, não haverá renovação", afirmou.

Gleisi Hoffman rebate declarações

Segundo a presidente do PT, Palocci decidiu romper com sua própria história e renegar as causas que defendeu no passado. Destacando ainda que as declarações do ex-ministro são falsas e que o partido “trata de forma igual todos os filiados que enfrentam investigações e ações judiciais”.

Confira a nota na íntegra:

A carta divulgada hoje (26) por Antônio Palocci e seus advogados não se destina verdadeiramente ao PT, mas aos procuradores da Lava Jato. É a mensagem de um condenado que desistiu de se defender e quer fechar negócio com o MPF, oferecendo mentiras em troca de benefícios penais e financeiros.

A carta repete as falsas acusações que ele fez diante do juiz Sergio Moro e que contrariam seus depoimentos anteriores. Em qual Palocci se deve acreditar: no que diz ter mentido antes ou no que mudou de versão agora para se salva

O PT trata de forma igual todos os filiados que enfrentam investigações e ações judiciais. Respeitamos o princípio da presunção da inocência. Ninguém será julgado por comissão de ética partidária antes do trânsito final dos processos na Justiça. Palocci decidiu “queimar seus navios”, romper com sua própria história e renegar as causas que defendeu no passado.

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