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Economia e Negócios

Steinbruch tem decisão favorável na Justiça em disputa familiar

Primos do dono da CSN movem ação contra empresário pedindo mais voz e direitos nos negócios do grupo.

A 2.ª Vara Empresarial de São Paulo deu uma decisão favorável ao empresário Benjamin Steinbruch, dono da CSN. Ação movida no fim de janeiro de 2018 pelos primos do empresário - Leo e Clarice - pediam mais voz e direitos iguais nos negócios do grupo, que além da CSN, controla a Vicunha, o Banco Fibra e outros ativos.

Os dois ramos da família - Rio Purus, holding que representa Benjamin, Ricardo e Elizabeth Steinbruch, e CFL, que representa Léo e Clarice, primos do presidente da CSN - estão brigados desde 2017.

O juiz Eduardo Pellegrini, da 2.ª vara negou o pedido de Léo e Clarice de dissolver no contrato as proporções que cada ramo da família tinha no negócio. Ao Estado, Ricardo Tepedino, que representa Leo e Clarice, disse que vai recorrer da decisão. O advogado Paulo Lazzareschi, da Rio Purus, disse que a decisão do juiz foi bem fundamentada.

As duas partes são os maiores acionistas da CSN e Vicunha e se desentenderam no fim do ano passado porque a Rio Purus não reconhecera validade do acordo de acionistas firmado em 1994.

A briga se dá na Vicunha, que controla a CSN e outros negócios da família. Os irmãos Benjamin, Ricardo e Elisabeth Steinbruch – representados pela holding Rio Purus – entraram em rota de colisão com os primos Clarice e Léo Steinbruch, da CFL Participações.

O conglomerado, que inclui a CSN e a Vicunha, foi criado nos anos 60 pelos irmãos Mendel (pai de Benjamin, Ricardo e Elisabeth), que faleceu em 1993, e Eliezer (pai de Clarice e Léo). Os Steinbruchs foram sócios do empresário Jacks Rabinovich, que se desfez de sua participação em 2005.

Os desentendimentos entre os atuais herdeiros dos Steinbruchs ganharam força com a morte de Eliezer, em 2008. O acordo de acionistas da família Steinbruch foi firmado em 1994, após a morte de Mendel. Mesmo com fatias societárias diferentes, os herdeiros da família Steinbruch teriam o mesmo peso nas decisões dos negócios. Mas, segundo fontes, Benjamin costuma centralizar as principais decisões. O acordo estabelecia que 60% da Vicunha e da CSN seriam propriedade de Mendel, e 40%, de Eliezer. Nos demais negócios, a divisão seria de 55% para Mendel e 45% para Eliezer.

Nos últimos anos, os primos tentaram dar início a um processo de desmembramento das empresas. Os filhos de Eliezer, segundo fontes, estariam dispostos a sair dos negócios, mas há impasse sobre quanto valeria hoje sua participação.

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