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Tandara é contra a presença de transexual na Superliga Feminina

Oposta do Vôlei Nestlé-SP, fez pronunciamento sobre o caso após partida contra o Vôlei Bauru.

Depois de mais um jogo na Superliga Feminina com a presença da transexual Tifanny, oposta do Vôlei Bauru, foi inevitável que novos depoimentos sobre a polêmica competição do país acontecesse.

De acordo com informações do Estadão, após confronto na última sexta-feira (2), em que o time do interior paulista caiu, fora de casa, para o Vôlei Nestlé-SP, a oposta Tandara, maior nome do país na posição se manifestou contra a presença de Tifanny.

“É um assunto delicado. Muitas atletas se posicionaram e receberam críticas. Eu estava me resguardando, esperando esse jogo, porque sabia que seria questionada. Por isso, estudei, conversei com especialistas, como nosso fisiologista, preparador físico, fisioterapeuta, entre outros, e hoje posso dizer que não concordo com a participação da Tifanny na Superliga Feminina”, declarou a atleta.

  • Foto: DivulgaçãoTandara, oposta do Vôlei Nestlé-SP e Tiffany, transexual que atua como oposta do Vôlei BauruTandara, oposta do Vôlei Nestlé-SP e Tiffany, transexual que atua como oposta do Vôlei Bauru

Mesmo sendo contra a presença da jogadora do Bauru, Tandara deixou claro que não tem nada contra a pessoa e que seus argumentos passam pela formação fisiológica de Tifanny como homem, que aconteceu até seus 30 anos de idade.

“Quero deixar bem claro que respeito muito a história dela, que é importante para a sociedade. Sou solidária e tenho carinho, porém, independentemente se ela faz diferença ou não em quadra, seu desenvolvimento foi como sexo masculino, tem mais massa muscular, quadril mais fino, o que favorece a impulsão, tem pulmão maior e leva vantagem. É um assunto delicado e merece mais estudos. Mas quero deixar claro que não é homofobia, é fisiologia”, completa a jogadora.

Mesmo com a derrota, Tifanny teve outra grande atuação ao anotar 31 pontos na partida. Em oito jogos pela competição, ela lidera as estatísticas de melhor média por sets com 5,46 pontos em cada parcial. A jogadora afirmou que trata o assunto com tranquilidade e diz que, se for proibida de jogar, vai procurar fazer outra coisa.

"Enquanto a lei existir, vou entrar ali para dar o meu melhor. Não tenho preocupação com possíveis mudanças. Eu já tenho minha cirurgia e podem até alterar a taxa de testosterona, mas a minha é muito baixa. Se chegar a proibição, não vou reclamar e vou seguir minha vida normalmente fazendo outra coisa", disse.

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