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Saúde

Teich: fechamento total é recomendável em cidades em situação crítica

Ministro da Saúde admitiu, pela primeira vez, adoção de lockdown por conta do novo coronavírus.

Com um discurso bem mais cauteloso sobre o cenário de contaminação e mortes por covid-19 no País, o ministro da Saúde Nelson Teich admitiu, pela primeira vez, que a adoção de medidas de fechamento total (lockdown) de cidades, com manutenção apenas de serviços essenciais, deve ser adotada no País em determinados casos.

A declaração do ministro não só contrapõe o que defende e diz diariamente o presidente Jair Bolsonaro, que ainda ontem afirmou que a disseminação da doença estaria em queda e que as pessoas tinham de voltar ao trabalho, como também chancela os atos de governadores e prefeitos que já aderiram ao fechamento total em cidades como Belém (PA), São Luís (MA) e Fortaleza (CE), entre outras.

“Se você tiver uma situação onde você tem uma alta incidência da doença, uma infraestrutura baixa e vê a doença crescendo, você vai buscar um distanciamento cada vez maior. Isso é o extremo da gravidade da situação”, disse.

Teich reafirmou que cada local deve adotar a estratégia que for necessária e não medidas generalizadas. “O lockdown vai ser importante nos lugares onde estiver muito difícil, com alta incidência, alta ocupação de leitos, muitos pacientes chegando, infraestrutura que não conseguiu se adaptar. Aí você vai ter uma situação que realmente vai ter proteger as pessoas.”

O ministro chamou a atenção para a necessidade estabelecer regras que garantam que os serviços essenciais não parem, como saúde e alimentação. “Vai ter lugar em que o lockdown é necessário? Vai ter lugar em que eu vou poder pensar em flexibilização? Vai. O que eu preciso é que a gente pare de tratar disso de forma radical, até para que a gente tenha tranquilidade para implementar as medidas em cada lugar do País.”

Teich disse que o ministério já concluiu sua “diretriz” para auxiliar municípios em tomada de decisão. Trata-se, na prática, de um modelo matemático com cinco níveis de situação, para que os gestores avaliem itens como incidência da doença, infraestrutura disponível, disponibilidade de recursos, ocupação de leitos, entre outros, para que adote medidas restritivas ou não de isolamento social.

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