Raisa Brito
A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho, concedeu liminar na qual classifica a greve dos funcionários da Petrobras, prevista para ter início nesta quarta-feira (30), como "aparentemente abusiva" e estabeleceu uma multa de R$ 500 mil por dia de paralisação. Ela afirmou que uma paralisação dos petroleiros resultará na "continuidade dos efeitos danosos" da greve dos caminhoneiros.
A categoria anunciou que vai parar por 72 horas a partir desta quarta e pode estender a greve por tempo indeterminado.
- Foto: Agência Petrobras
Petroleiros farão paralisação
A liminar concedida pela ministra foi um pedido da Advocacia Geral da União (AGU) e da Petrobras. "Defiro parcialmente o pedido para que, diante do caráter aparentemente abusivo da greve e dos graves danos que dela podem advir, determinar aos Suscitados que se abstenham de paralisar suas atividades no âmbito da Petrobras e de suas subsidiárias, nos dias 30 e 31 de maio e 1.º de junho de 2018 e de impedir o livre trânsito de bens e pessoas", disse Maria de Assis em sua decisão.
Para a ministra, "é potencialmente grave o dano que eventual greve da categoria dos petroleiros irá causar à população brasileira".
"Beira o oportunismo a greve anunciada, cuja deflagração não se reveste de proporcionalidade do que poderia, em tese, ser alcançado com a pauta perseguida e o sacrifício da sociedade para a consecução dos propósitos levantados", afirmou a ministra na decisão.
Greve dos caminhoneiros
No 9° dia de greve dos caminhoneiros, as manifestações perderam força e o abastecimento de combustíveis começou a ser normalizado em algumas cidades, mas ainda restam pontos de bloqueio no país. Ainda há registros de bloqueios nos estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e Tocantins.
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