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Wellington Dias: capacidade de investimento do Piauí é "gigante"

“O estado tem, pela regra brasileira, uma capacidade de investimento gigante porque a nossa dívida é uma das menores do Brasil", explicou o governador.

O governador Wellington Dias conversou, nesta quinta-feira (22), sobre o novo pedido de empréstimo no valor de R$ 1,7 bilhão que foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Ele explicou ainda que a capacidade de endividamento do estado não foi afetada.

“O estado tem, pela regra brasileira, uma capacidade de investimento gigante porque a nossa dívida é uma das menores do Brasil, e o que estamos fazendo é um alongamento onde, na verdade, é uma troca de papeis, ela não aumenta, vamos ter cinco contratos e tem um prazo curto de dez anos e vamos alongar para dez anos”, explicitou.

Segundo Dias, o Governo está trabalhando para reduzir os encargos que são altos. “Nós pagamos encargos relativamente elevados, uns 12 a 14%, e nós estamos trabalhando para financiamento na casa de 8 a 9%. Ao ganhar no prazo e com menos encargos, nós vamos ter uma prestação anual de mais ou menos R$ 450 milhões e vai reduzir mais ou menos para R$ 220 ou R$ 230 milhões, então nós vamos ter mais de R$ 200 milhões de folga para ampliar a capacidade de investimento”, ressaltou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Governador do Piauí Wellington DiasGovernador do Piauí Wellington Dias

Wellington afirmou ainda que os recursos serão usados para melhorar a infraestrutura do estado. “São operações de infraestrutura que vão permitir mais crescimento econômico, na medida que eu antecipo esses investimentos, cresce a economia e cresce a receita, que reduz a proporção da dívida, essa é uma sistemática que já há cerca de 20 anos o Piauí vem praticando com bons resultados”, explicou.

Questionado se esse empréstimo seria uma antecipação do Fundef ou apenas uma suplementação, Wellington respondeu. “Aí é outra operação, nós temos neste caso [do Fundef] um crédito com a União que vai ser pago em dezembro de 2020 e pela legislação é possível ter antecipação, nós estamos propondo para que haja uma antecipação para uma parcela agora para o mês de novembro e outra para julho do próximo ano. Com isso, a gente consegue trabalhar mais cedo o conjunto de investimentos, esses investimentos são todos na área da Educação. Estamos falando daquele antigo grupo escolar, garantindo ter quadras, laboratórios, investir nessa área que garante qualidade na educação”, completou.

Ainda de acordo com Wellington o que há são três operações diferentes. “Na verdade são três operações, no caso do FUNDEF, é um crédito que o estado já tem e que nós estamos só buscando antecipar, no caso do alongamento da dívida, é a mesma dívida, continua no mesmo tamanho, porém, paga em um prazo mais longo e com encargos mais baixos e com a operação de crédito, essa sim voltada para investimentos em infraestrutura”.

Poder de endividamento do estado

Em relação à capacidade de endividamento do estado, o governador disse que não está comprometida com os novos pedidos de empréstimos. “Em 2015, quando eu assumi o mandato, o nosso endividamento era de mais ou menos 62% da nossa receita anual, nós tomamos mais ou menos R$ 2 bilhões e meio de financiamento e o que aconteceu? A economia cresceu, a receita cresceu, e a dívida foi para algo em torno de 46, 47%. Então, a sistemática de antecipar desenvolvimento é acertada e é isso que vamos continuar fazendo, sempre com muita responsabilidade”, pontuou.

“Só para ter uma noção, em tese, um estado pode ter até 200% da receita anual de empréstimo e a nossa é de 45%, nós somos o terceiro menor acumulado de empréstimos do Brasil, só temos outros dois estados com o endividamento menor que o nosso, tanto é que a nossa nota foi B, significa que temos uma condição, inclusive, de tomar financiamentos sem aval da União, então eu acredito que o cuidado que temos de ter é tomar investimento para aquilo que faz crescer a economia, é algo que qualquer governador deve ter”, finalizou.

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