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Wellington Dias quer rigor da Justiça em liminar para concurso da PM

Nesta quinta-feira (11), o governador assinou decreto que tornou sem efeito a nomeação de Aldo Dornel acusado de matar a garota Emilly Caetano, de 9 anos, na noite de Natal, em Teresina.

Depois de assinar o decreto de exoneração do soldado Aldo Luís Barbosa Dornel, acusado de matar Emilly Caetano, de 9 anos, durante uma ação desastrosa de policiais do 5º BPM no dia 25 de dezembro de 2017 em Teresina, o governador Wellington Dias (PT) revelou ao GP1 que outros casos – de pessoas que ingressaram na Polícia Militar por meio de liminar – estão sendo analisados. O decreto foi assinado nesta quinta-feira (11).

“Em relação a exoneração que nós tivemos, a Justiça voltou atrás e tomou uma decisão anulando a liminar e, com isso, prevaleceu o resultado original do concurso. Então, o que eu fiz foi cumprir a decisão judicial. A informação que eu tenho é que outros casos também estão sendo analisados”, adiantou o governador.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Wellington Dias Wellington Dias

Wellington Dias ressaltou a necessidade de utilizar os critérios estabelecidos que avaliam se um indivíduo tem ou não condições de ingressar nos quadros da Polícia Militar. “Eu espero que nesse concurso que está agora em fase de andamento, a gente já tenha as condições de manter o regramento, porque o regramento do concurso é a melhor situação. A gente anula o concurso se ele tiver algum vício, o que não teve. Nós vamos ter que confiar nas regras e na equipe que tecnicamente realizou a seleção, cumprindo a regra que serviu para todos. Eu acho que é a forma mais democrática que há”, alertou.

Reprovação

Dornel foi reprovado no teste psicológico do concurso da Polícia Militar e conseguiu ingressar nos quadros da corporação por meio de uma liminar deferida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, Oton Mário José Lustosa Torres, em junho de 2010.

A liminar foi revogada em setembro de 2016 pelo juiz de direito Rodrigo Alaggio Ribeiro. No entanto, o comandante da PM, Coronel Carlos Augusto, afirmou que o soldado não havia sido exonerado porque a instituição não havia sido comunicada da decisão.

Caso Emilly Caetano

Emilly Caetano da Costa, de 9 anos, morreu no dia 26 de dezembro, após ser atingida com dois tiros durante uma abordagem da Polícia Militar na Avenida João XXIII, localizada na zona leste de Teresina, na noite do dia 25 de dezembro de 2017. A criança, juntamente com os pais e duas irmãs, estavam em um veículo modelo Renault Clio.

  • Foto: Facebook/Dayanne Evandro Emíle foi morta durante abordagem policial Emíle foi morta durante abordagem policial

Evandro Costa e Dayanne Costa, pais de Emilly, também foram baleados dentro do carro. Os dois policiais, Aldo Luís Barbosa Dornel e Francisco Venício Alves, que participaram da ação estão presos no presídio militar.

O cantor Evandro Costa teve alta do HUT no dia 31 de dezembro. Ele teve Traumatismo Cranioencefálico e segue com o projétil alojado na cabeça. Ele está com a audição temporariamente comprometida.

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